A SpaceX lançou na segunda-feira (13) o 11º voo da

A SpaceX lançou na segunda-feira (13) o 11º voo da Starship, a maior nave do mundo, em Boca Chica, Texas. O lançamento não tripulado teve como objetivo testar a dinâmica do veículo durante a transição do desligamento dos motores, além de realizar experimentos e preparar futuras missões com satélites.

A decolagem ocorreu por volta das 20h30, horário de Brasília. O propulsor Super Heavy, parte inferior da nave, deve pousar no Golfo do México, enquanto a cápsula superior tem previsão de queda no Oceano Índico. Neste voo, o propulsor usado já havia participado do 8º lançamento, em março.

Durante a descida, o Super Heavy ativará uma nova configuração de motores: inicia com 13 dos 24 motores acionados, reduz para 5 no trecho de maior precisão e finaliza com 3 para o pouso no Golfo do México. Segundo a SpaceX, essa manobra serviria para medir o comportamento real da nave durante a transição entre fases do voo.

Além disso, a parte superior da Starship lançará simuladores de satélites da constelação Starlink e realizará experimentos para aprimorar o retorno à plataforma de lançamento em futuras operações. A SpaceX informou colaborar com a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) e órgãos internacionais para garantir a integração das operações de tráfego aéreo na região.

No 10º voo, realizado em agosto, a FAA reabriu o espaço aéreo em apenas nove minutos após o lançamento, evitando interrupções significativas. A empresa busca com esses testes estabelecer voos espaciais mais eficientes e seguros.

Os primeiros lançamentos da Starship, a partir de abril de 2023, enfrentaram diversos problemas. No voo inaugural, a nave explodiu ainda acoplada ao propulsor devido à ativação do sistema de autodestruição por falha nos motores. Em novembro de 2023, o Super Heavy se separou da nave, mas acabou explodindo; a FAA exigiu 17 correções para a sequência dos testes.

O terceiro voo, em março de 2024, durou cerca de 50 minutos, mas resultou na destruição da nave, considerada um avanço pela SpaceX por ter alcançado uma distância maior. O primeiro pouso bem-sucedido aconteceu no quarto teste, em junho, com a cápsula atingindo o Oceano Índico e o propulsor aterrissando no Golfo do México conforme o planejado.

O quinto voo, em outubro de 2024, marcou a primeira captura em pleno ar do propulsor pelo sistema de braços da plataforma, enquanto a cápsula pousou no oceano; ela explodiu após o pouso, o que era esperado pela empresa. Essa técnica busca reduzir custos com reutilização do foguete.

Nos testes seguintes, a SpaceX obteve resultados variados. Em novembro de 2024, o foguete não conseguiu retornar à plataforma, mas pousou no Golfo do México, conforme previsto em caso de falha na manobra. O sétimo voo, em janeiro de 2025, repetiu a captura do propulsor, mas a empresa perdeu contato com a nave antes do pouso. Isso provocou a queda dos destroços no Haiti, levando a desvios de rotas de voos comerciais no Caribe.

O oitavo voo, em março de 2025, também terminou com a perda de comunicação com a nave, que teve fragmentos vistos sobre as Bahamas, afetando cerca de 240 voos nos EUA. Apesar disso, o propulsor foi recuperado com sucesso.

No nono voo, em maio, a nave perdeu controle 40 minutos após o lançamento, sem conseguir liberar a carga de oito simuladores de satélites da Starlink. O propulsor foi reaproveitado pela primeira vez, mas o contato foi perdido durante a descida.

O décimo voo, em agosto, representou um avanço: a Starship lançou com sucesso a carga no espaço, reacendeu motores em órbita e pousou no Oceano Índico.

A série de voos demonstra o processo de desenvolvimento e aprimoramento da Starship, com foco nas etapas de pouso, reutilização dos propulsores e lançamento de satélites. A SpaceX continua investindo na integração dos sistemas espaciais com as regulamentações de tráfego aéreo e busca ampliar a capacidade e segurança das suas operações.

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Fonte: g1.globo.com