O governo chinês afirmou nesta segunda-feira (13) que

O governo chinês afirmou nesta segunda-feira (13) que não teme uma guerra tarifária após a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses. A resposta oficial destacou que os Estados Unidos adotam um “duplo padrão” e que a China pode adotar contramedidas caso a ameaça se concretize.
Em pronunciamento divulgado pelo Ministério do Comércio da China, um porta-voz criticou as restrições americanas às exportações de chips e semicondutores e defendeu os controles chineses sobre a exportação de terras raras como medidas legítimas para garantir a segurança nacional. A China processa cerca de 90% das terras raras do mundo, que são usadas em diversos produtos tecnológicos.
Trump reagiu na sexta-feira (10), acusando a China de “se tornar muito hostil” após o país endurecer as regras para a exportação de terras raras. Ele também ameaçou cancelar a reunião marcada com o presidente chinês, Xi Jinping, para o final de novembro, durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, na Coreia do Sul.
Os comentários do presidente dos EUA impactaram os mercados financeiros. O índice S&P 500 fechou em queda de 2,7%, o maior recuo desde abril, e aumentaram temores sobre a retomada de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Desde maio, a Estados Unidos e a China vêm aplicando tarifas recíprocas elevadas. Os EUA aumentaram a tributação de produtos chineses em torno de 30% em relação ao início do ano, enquanto a China mantém tarifas médias de 10% sobre produtos americanos.
O porta-voz do Ministério do Comércio da China afirmou que os Estados Unidos abusam do conceito de segurança nacional para justificar medidas discriminatórias contra o país. Ele ressaltou que a China não quer a guerra tarifária, mas está preparada para enfrentá-la.
“Recorrer a ameaças tarifárias não é a maneira correta de se envolver com a China”, afirmou o representante chinês. A posição do país é clara diante das tensões comerciais, afirmando consistência na resistência às tarifas americanas.
Especialistas avaliam que as recentes declarações de Washington e Pequim fazem parte da estratégia de fortalecimento dos respectivos posicionamentos antes da cúpula internacional agendada para o fim do mês. Ainda não há confirmação se o encontro entre Trump e Xi Jinping ocorrerá, diante da escalada das tensões.
Para o Brasil, a possibilidade de uma guerra tarifária entre as duas potências pode gerar impacto negativo, conforme avalia a analista de comércio exterior Ana Flor. Ela destaca que o aumento nas tarifas pode prejudicar a cadeia global de fornecimento, da qual o Brasil é parte.
A tensão comercial afeta diretamente mercados relacionados a commodities e produtos manufaturados, aumentando a volatilidade e podendo reduzir o ritmo de crescimento econômico global. O desdobramento do conflito depende das decisões que serão tomadas nas próximas semanas pelas lideranças dos EUA e da China.
A situação segue acompanhada de perto por governos e investidores, dado o papel central dos países na economia mundial. O desfecho das negociações e o possível encontro entre Trump e Xi serão decisivos para o rumo das relações comerciais entre as duas nações.
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Fonte: g1.globo.com
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