Economia

Uma motorista sobreviveu após ficar soterrada por cerca

Uma motorista sobreviveu após ficar soterrada por cerca
  • Publishedoutubro 11, 2025

Uma motorista sobreviveu após ficar soterrada por cerca de duas horas dentro de um Volkswagen T-Cross atingido por uma carreta que tombou em Porto Alegre (RS). A estrutura do carro, reforçada para proteção, foi determinante para evitar consequências mais graves no acidente.

O Volkswagen T-Cross recebeu cinco estrelas nos testes de segurança do Latin NCAP, programa independente que avalia a proteção dos veículos vendidos na América Latina. A avaliação ressaltou a importância da célula de sobrevivência, uma estrutura rígida presente em todos os carros novos no Brasil, projetada para proteger os ocupantes em colisões.

De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros Daniel Suchy, a motorista permaneceu consciente durante toda a operação de resgate, mesmo com o veículo visivelmente destruído. A carga da carreta era composta por serragem, material de baixa densidade, mas o impacto causou grandes danos ao automóvel.

Especialistas ouvidos pelo g1 explicaram que a célula de sobrevivência é formada por elementos metálicos reforçados que absorvem e distribuem a energia gerada por impactos. O mecânico Bruno Bandeira destacou que esses reforços, como barras laterais mais robustas, evitam que a estrutura do carro se deforme com facilidade em colisões.

Bandeira citou o Renault Twingo como exemplo, onde o tamanho maior das portas permite a instalação de barras que impedem a invasão lateral do veículo por outros automóveis em caso de acidente. O professor de mecânica automotiva Tenório Júnior reforçou que a função da célula de sobrevivência é reduzir o risco de lesões graves ou fatais.

Além das barras nas portas, a estrutura de proteção inclui reforços nas colunas entre o para-brisa e a porta, entre as portas laterais e acima das rodas traseiras. Longarinas internas do veículo também recebem reforços para aumentar a rigidez e evitar deformações e torções da carroceria durante colisões.

Alexandre Dias, mecânico e proprietário de oficinas, afirmou que o veículo é projetado para “desmanchar” em colisões, mas preserva o habitáculo dos passageiros, mantendo essa área o mais intacta possível para garantir a segurança dos ocupantes.

O Latin NCAP tem mostrado a importância dessas estruturas desde 2016, quando realizou testes comparativos entre modelos com e sem reforços laterais. O Fiat Palio, equipado com barra de proteção lateral, apresentou menor deformação do que o Peugeot 208, que não possuía essa proteção, garantindo maior segurança ao motorista.

No teste, os pontos de impacto simulados pelos bonecos indicaram maior contato e compressão nas áreas do Peugeot 208 sem a barra de proteção, evidenciando a eficácia do reforço lateral para evitar a invasão da estrutura do veículo e proteger os ocupantes.

Desde 2024, o Brasil exige que todos os carros novos passem por testes de impacto lateral para garantir níveis mínimos de segurança. No entanto, ainda não há uma norma que obrigue a instalação obrigatória de barras reforçadas nas portas ou o uso de materiais específicos para minimizar deformações estruturais.

O caso do Volkswagen T-Cross em Porto Alegre destaca o avanço da segurança veicular no país, mostrando que as tecnologias atuais presentes em carros novos podem fazer a diferença na sobrevivência dos ocupantes em acidentes graves.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

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Caio Marcio

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