Shayne Coplan, fundador e CEO da plataforma de apostas Polymarket, tornou-se o mais jovem bilionário autodeclarado após um investimento de até US$ 2 bilhões feito pela Intercontinental Exchange Inc. (ICE), controladora da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). O acordo, divulgado na terça-feira (7), avaliou a empresa em cerca de US$ 8 bilhões.
A ICE firmou o investimento estratégico para expandir a atuação no mercado de dados e previsões baseados em eventos, tornando-se distribuidora global dessas informações geradas pela Polymarket. Além disso, as duas empresas concordaram em colaborar em futuras iniciativas envolvendo tokenização.
Em comunicado, o presidente da ICE destacou que a parceria une a empresa a uma plataforma inovadora, focada no desenvolvimento e distribuição de produtos orientados para o usuário. O executivo afirmou que o investimento abre oportunidades únicas para ambas as companhias atenderem diversos mercados.
Coplan, de 27 anos, criou a Polymarket em junho de 2020. A ideia para a plataforma surgiu depois que ele abandonou a Universidade de Nova York e tentou empreender no setor de criptomoedas, experiência que inicialmente não teve sucesso. Durante esse período, ele chegou a vender pertences pessoais para pagar aluguel.
O interesse de Coplan pelo mercado de previsões veio após estudar as teorias do economista Robin Hanson em 2019. A pandemia de Covid-19 criou um ambiente propício para o lançamento da Polymarket, que permite aos usuários apostar em desfechos de eventos.
A trajetória da empresa enfrentou desafios regulatórios nos Estados Unidos. Após as eleições de 2024, quando apostaram-se mais de US$ 3 bilhões na plataforma, agentes do FBI chegaram a cumprir mandado na residência de Coplan durante investigações.
Apesar das complicações legais, o investimento da ICE trouxe nova visibilidade positiva para a Polymarket, destacando seu potencial no setor financeiro e tecnológico.
A valorização da Polymarket contribui para que Coplan alcance o status de bilionário autodeclarado mais jovem, fato que chama atenção pelo fato de sua fortuna não ter origem em herança familiar.
Este episódio reflete o interesse crescente das grandes empresas em mercados emergentes ligados a dados preditivos e finanças descentralizadas.
Em paralelo, a lista dos bilionários brasileiros segue sendo monitorada pela revista Forbes, a qual atualiza periodicamente seus rankings com base nas variações de patrimônio e mercado.
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Fonte: g1.globo.com
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