Quatro pessoas da mesma família foram internadas em

Imagem: s2-g1.glbimg.com

Quatro pessoas da mesma família foram internadas em Patrocínio, no Alto Paranaíba, Minas Gerais, após consumirem uma planta tóxica conhecida como “falsa couve” durante um almoço na última quarta-feira (8). Três delas permanecem em coma induzido e intubadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), enquanto a quarta recebeu alta nesta quinta-feira (9).

Segundo a secretária municipal de Saúde, Luciana Rocha, as vítimas que seguem internadas têm 37, 49 e 60 anos e tiveram quadro de parada cardiorrespiratória revertido ainda no local do atendimento. Elas estão estáveis, mas em estado grave, e não há previsão para retirada do coma inducido. A paciente que recebeu alta é um idoso de 67 anos e não precisou de intubação.

O plantio da “falsa couve” ocorreu na chácara onde a família reside. As folhas da planta foram coletadas próximas à cozinha da casa e servidas refogadas no almoço. Durante a ação dos socorristas, o Corpo de Bombeiros, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar atenderam as vítimas por volta das 15h, após sinais de intoxicação. A única criança da família, de 2 anos, foi hospitalizada apenas para observação, pois não ingeriu a planta.

A planta responsável pelo envenenamento é a Nicotiana glauca, comum em áreas rurais brasileiras, que contém uma substância tóxica chamada anabazina. Essa substância pode provocar paralisia muscular, insuficiência respiratória e, em casos graves, levar à morte. A professora Amanda Danuello, especialista da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), informou que o nível de toxicidade varia conforme o modo de preparo da planta, sendo o consumo cru ou cozido determinante para a gravidade do quadro.

A Nicotiana glauca pode ser confundida visualmente com a couve comum, embora possua folhas mais finas e textura aveludada, além de coloração verde acinzentada. A couve tradicional tem folhas mais grossas e verde mais intenso, com nervuras mais marcadas. Mesmo assim, a especialista recomenda que não se consuma plantas cuja procedência não seja comprovada.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso, que aponta para um possível envenenamento acidental. A perícia técnica recolheu amostras da planta encontrada na residência para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, a fim de confirmar a presença das toxinas.

A secretária de Saúde de Patrocínio afirmou que o acompanhamento clínico dos pacientes permanece constante e que o município mantém suporte médico para os casos. As investigações seguem em curso para apurar as circunstâncias do incidente.

O caso alerta para os riscos relacionados à confusão entre plantas tóxicas e comestíveis, especialmente em ambientes rurais, e reforça a importância de identificar corretamente os alimentos antes do consumo.

**Palavras-chave para SEO:** intoxicação alimentar, falsa couve, Nicotiana glauca, Patrocínio MG, envenenamento acidental, coma induzido, parada cardiorrespiratória, planta tóxica, anabazina, intoxicação grave, saúde pública, Santa Casa de Patrocínio, Fundação Ezequiel Dias, perícia policial.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Sair da versão mobile