O húngaro László Krasznahorkai recebeu o Prêmio Nobel

O húngaro László Krasznahorkai recebeu o Prêmio Nobel de Literatura 2025, anunciado nesta quinta-feira (9) pela Academia Sueca em Estocolmo, por sua obra que explora temas sociais e morais em contextos históricos.

Krasznahorkai nasceu em 1954 na cidade de Gyula, no sudeste da Hungria. Seu primeiro romance, *Sátántangó* (1985), retrata a vida de moradores de uma fazenda coletiva abandonada no interior da Hungria antes da queda do comunismo. A obra foi adaptada para o cinema em 1994 pelo diretor Béla Tarr.

Através da narrativa, Krasznahorkai aborda a expectativa frustrada dos personagens diante da esperança e do juízo final, tema que ganhou destaque internacional com a publicação de seu segundo livro, *A Melancolia da Resistência* (1989). Críticos como Susan Sontag qualificaram o autor como representante da literatura contemporânea apocalíptica.

Nos últimos dez anos, os vencedores do Nobel de Literatura mostraram diversidade cultural e temática. Em 2024, a sul-coreana Han Kang foi premiada por sua prosa que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida. Han nasceu em Gwangju, Coreia do Sul, e é formada em literatura, influenciada por seu pai, também escritor.

Em 2023, o norueguês Jon Fosse ganhou o prêmio por suas peças e prosa inovadoras que expressam o indizível. Nascido em 1959, Fosse é autor de mais de 40 peças teatrais e vários textos literários que examinam temas como amor e perda.

A francesa Annie Ernaux recebeu o Nobel em 2022. Professora universitária, Ernaux escreveu quase 20 livros que expõem a dinâmica das classes sociais e mudanças na sociedade francesa pós-guerra. Sua obra autobiográfica é reconhecida internacionalmente, especialmente o livro *Os Anos* (2008).

O tanzaniano Abdulrazak Gurnah foi laureado em 2021 por sua análise sobre colonialismo e destinação dos refugiados. Gurnah nasceu em 1948 em Zanzibar e imigrou para a Inglaterra na década de 1960. Sua obra, que inclui o romance *Paradise* (1984), é marcada pela reflexão sobre deslocamentos culturais.

Em 2020, a americana Louise Glück recebeu o Nobel como poeta por temas como solidão, relações familiares e morte, apresentados com precisão técnica e sensibilidade. Sua obra constante revisita experiências humanas e emocionais.

O austríaco Peter Handke venceu em 2019. Escritor e ensaísta, Handke é conhecido pela exploração linguística da experiência humana periférica. Seu trabalho influenciou diversas áreas das artes, incluindo o cinema.

A polonesa Olga Tokarczuk foi premiada em 2018 por suas narrativas que revitalizaram a literatura polonesa após 1989. Tokarczuk estreou na ficção em 1993, destacando-se pela construção de mundos literários complexos.

Kazuo Ishiguro, britânico de origem japonesa, ganhou em 2017. Autor dos romances *Os Vestígios do Dia* e *Não Me Abandone Jamais*, Ishiguro mescla memória e ficção científica em sua obra literária.

Em 2016, o laureado foi Bob Dylan, americano reconhecido principalmente pela música, que recebeu o Nobel pela força poética das letras que combinam música e literatura.

A bielorrussa Svetlana Alexievich recebeu o prêmio em 2015 por sua obra que registra os sofrimentos e histórias da União Soviética, utilizando o formato de crônica jornalística.

Os últimos dez prêmios Nobel de Literatura refletem um amplo espectro de histórias, culturas e formas de expressão, reforçando o valor internacional da literatura para discutir temas universais e locais. A escolha de Krasznahorkai em 2025 mantém essa tradição e amplia as perspectivas sobre o impacto social e narrativo da literatura.

—

Palavras-chave relacionadas para SEO: Nobel de Literatura, László Krasznahorkai, escritores premiados, prêmio literário 2025, literatura contemporânea, Akademia Sueca, literatura internacional, Han Kang, Jon Fosse, Annie Ernaux, Abdulrazak Gurnah, Louise Glück, Peter Handke, Olga Tokarczuk, Kazuo Ishiguro, Bob Dylan, Svetlana Alexievich

Fonte: g1.globo.com