O Banco Central rejeitou, por unanimidade, a proposta

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O Banco Central rejeitou, por unanimidade, a proposta de compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) em setembro, devido à falta de comprovação da viabilidade econômico-financeira da operação. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (9) após análise dos documentos apresentados.

A operação entre BRB e Banco Master foi iniciada em março, com a intenção do BRB de adquirir 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e 58% do capital total do Master. A aprovação do Banco Central era o último passo para concluir a transação, após aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em junho e a sanção de lei pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.

O órgão máximo do Banco Central, composto pelo presidente Gabriel Galípolo e oito diretores, tomou a decisão sem divergências. Segundo a deliberação, a documentação não atendeu aos requisitos necessários, principalmente em relação à viabilidade econômico-financeira do empreendimento, gerando dúvidas para a diretoria colegiada.

O Banco Central negou o acesso à íntegra dos pareceres que fundamentaram a decisão, alegando que os documentos contêm informações protegidas por sigilo bancário, empresarial e de dados pessoais. O órgão ressaltou seu papel de fiscalizar a capacidade econômico-financeira dos controladores.

Nos últimos meses, o Banco Master vinha adotando uma estratégia de captação considerada de alto risco pelo mercado. O banco oferecia Certificados de Depósito Bancário (CDB) com taxas superiores às praticadas por outras instituições, atraindo investidores pela proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

O FGC assegura até R$ 250 mil por investidor em casos de falência, sendo um fundo privado formado pelas instituições financeiras associadas. Este mecanismo ajuda bancos a atrair recursos, mas pode incentivar práticas de captação excessiva.

Em resposta a esse cenário, o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional aprovaram novas regras para o FGC, que entrarão em vigor em 1º de junho de 2026, com período de adaptação. O objetivo é reduzir riscos relacionados a estratégias excessivamente alavancadas, como as adotadas pelo Banco Master.

Além dos CDBs com altos juros, o modelo de negócio do Master inclui investimentos em ativos de baixa liquidez, como precatórios e participações empresariais, o que contribuiu para dúvidas sobre sua saúde financeira.

A rejeição da compra pelo Banco Central interrompe a tentativa do BRB de ampliar sua presença no mercado financeiro através da aquisição do Banco Master, que possui capital majoritariamente controlado pelo governo do Distrito Federal. O governo, por sua vez, vinha apoiando a operação.

A decisão evidencia o rigor do Banco Central em avaliar operações que envolvem riscos econômicos e financeiros, além da importância da transparência documental para atender às exigências regulatórias e garantir a estabilidade do sistema bancário.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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