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Beatriz Segall, atriz que interpretou Odete Roitman na

Beatriz Segall, atriz que interpretou Odete Roitman na
  • Publishedoutubro 9, 2025

Beatriz Segall, atriz que interpretou Odete Roitman na novela “Vale Tudo”, comentou em 1988 sobre o desejo do público pelo “justiçamento” da personagem, em entrevista que voltou a circular nas redes sociais após a exibição da morte da vilã em 6 de junho. Na conversa com Rolando Boldrin, Segall alertou para a necessidade do devido processo legal e rejeitou a ideia de que a morte por assassinato seria uma solução aceitável.

A atriz destacou que o público estava aceitando um crime sem julgamento e ressaltou que, no Brasil, não existe pena de morte. Para ela, a expectativa de punição pela morte direta de Odete representava um movimento perigoso que equilibra a barbárie. Segall afirmou que o correto seria que a pessoa acusada fosse presa, levada a julgamento e, se condenada, cumprisse a pena prevista em lei.

No vídeo de 1988, Segall critica a visão de que a morte da personagem seria uma espécie de catarse nacional, alertando para o risco de aceitar o “justiçamento” em um país que deveria prezar pelo sistema judicial. Ela defendeu o direito ao julgamento e condenação legal para todos, inclusive para personagens como Odete Roitman.

A legislação brasileira confirma esse entendimento. O Código Penal não estabelece pena de morte para homicídios, mesmo nos casos mais graves. O artigo 121 classifica homicídio simplesmente como “matar alguém” e prevê penas que variam de 1 a 30 anos, conforme as circunstâncias do crime.

Existem quatro principais classificações legais para homicídio no Brasil: simples, qualificado, culposo e feminicídio. O homicídio simples ocorre sem agravantes e tem pena de 6 a 20 anos de prisão. O qualificado envolve circunstâncias como emboscada ou motivo fútil, com pena que pode chegar a 30 anos. O culposo é quando a morte ocorre sem intenção, por negligência ou imprudência, com pena de 1 a 3 anos. O feminicídio, considerado uma forma qualificada, inclui circunstâncias específicas relacionadas ao gênero da vítima e suas vulnerabilidades.

A discussão sobre a morte de Odete Roitman, quase 40 anos após a novela, refletiu uma preocupação contínua sobre a impunidade e a justiça no Brasil. O debate sobre “justiçamento” revela tensões sociais em relação ao sistema legal e à resposta da sociedade diante do crime.

Paralelamente, questões ligadas à segurança pública e à circulação de armas também ganham destaque no país. Levantamento recente do Exército Brasileiro aponta que existem cerca de 980 mil certificados de registro para colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs), e 1,5 milhão de armas de fogo registradas no Brasil. A fiscalização desses registros, até recentemente responsabilidade do Exército, está sendo transferida gradualmente para a Polícia Federal, conforme determinação do atual governo.

O aumento do número de armas em posse civil tem sido alvo de debates e políticas públicas desde o governo anterior, em meio à tentativa de controle e regulamentação das armas no país.

A reflexão de Beatriz Segall sobre o “justiçamento” de Odete Roitman ressalta a importância do respeito às leis e aos processos judiciais para garantir justiça efetiva, tema que mantém relevância tanto no âmbito cultural como legal do Brasil.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Vitor Souza

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