O Banco Central informou que a caderneta de

O Banco Central informou que a caderneta de poupança registrou uma saída líquida de R$ 78,47 bilhões no acumulado de janeiro a setembro de 2023, resultado da soma dos valores retirados que superaram os depósitos no período.

Entre janeiro e abril, os depósitos totalizaram R$ 3,14 trilhões, enquanto as retiradas alcançaram R$ 3,22 trilhões. No primeiro quadrimestre, a retirada líquida foi de R$ 52,1 bilhões, mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2022, quando a saída foi de R$ 11,23 bilhões.

Comparando os nove primeiros meses de 2023 com o mesmo intervalo do ano anterior, a saída líquida diminuiu, já que em 2022 o valor chegou a R$ 86,12 bilhões. Apesar da redução na saída total, a movimentação segue negativa para os investidores da poupança neste ano.

A análise mensal dos dados mostra que, em janeiro, houve uma saída de R$ 26,22 bilhões, seguida por retiradas de R$ 8 bilhões em fevereiro, R$ 11,45 bilhões em março e R$ 6,41 bilhões em abril. Em maio e junho, o cenário apresentou entradas líquidas, com ingressos de R$ 336 milhões e R$ 2,12 bilhões, respectivamente.

Entretanto, a partir de julho, a tendência se manteve negativa, com saídas de R$ 6,25 bilhões em julho, R$ 7,56 bilhões em agosto e R$ 15 bilhões em setembro. Esses números indicam que, após um breve período de entrada líquida, a caderneta de poupança voltou a registrar retirada significativa de recursos.

A movimentação reflete o comportamento dos investidores diante do cenário econômico e de outras opções de investimento que podem oferecer rendimentos mais atrativos ou diferentes níveis de risco. A poupança continua sendo uma opção para parcela da população devido à sua liquidez e isenção de impostos, mas a tendência de saídas indica uma migração para outras modalidades financeiras.

O Banco Central mantém o acompanhamento do volume de depósitos e retiradas nas cadernetas de poupança como indicativo das preferências do mercado financeiro e dos consumidores, além de uma métrica relevante para avaliar o fluxo de recursos no sistema bancário.

Com a persistência da saída líquida de recursos, o saldo total das cadernetas pode sofrer impactos ao longo do ano financeiro, refletindo mudanças no comportamento dos investidores e nas condições econômicas gerais.

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Fonte: g1.globo.com