O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira (7) que está otimista quanto à resolução da sobretaxa de 50% imposta a produtos brasileiros pelos Estados Unidos, independentemente de quem conduza as negociações em nome do governo americano. A afirmação ocorre após o telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Donald Trump, que discutiram o assunto na segunda-feira (6).
Haddad destacou que a aproximação entre os presidentes tende a reduzir a tensão e abrir espaço para um diálogo transparente. Ele avaliou que a imposição inicial da sobretaxa foi um erro que poderá ser corrigido com o avanço das conversas. A declaração foi dada durante entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”, da EBC.
No telefonema de segunda-feira, Lula estava acompanhado do vice-presidente Geraldo Alckmin e de ministros, incluindo Haddad, Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Sidônio Palmeira (Secom), além do assessor especial Celso Amorim. A conversa teve duração aproximada de 30 minutos, em meio ao aumento tarifário que afeta exportações brasileiras.
A perspectiva de diálogo foi inicialmente sinalizada por Donald Trump no mês passado, durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, quando mencionou a possibilidade de uma reunião com Lula. A sobretaxa de 50% incide sobre diversos produtos brasileiros, o que tem repercutido na relação comercial entre os dois países.
Haddad afirmou que o governo brasileiro manterá sua estratégia atual, acreditando que os argumentos apresentados pela diplomacia nacional são sólidos. Ele ressaltou que essa abordagem tem recorrido à atuação diplomática como meio eficaz para superar a situação.
Segundo o ministro, os consumidores norte-americanos também sentem os impactos das tarifas elevadas, com produtos brasileiros, como café e carne, apresentando preços mais altos nos Estados Unidos. Haddad afirmou que essas consequências negativas para os EUA podem pressionar por uma revisão das medidas adotadas.
Questionado sobre a designação de Marco Rubio, secretário de Estado americano, para conduzir as negociações, Haddad afirmou que a diplomacia brasileira está preparada para lidar com diferentes interlocutores. Ele ressaltou que o perfil do negociador americano não altera a confiança da equipe brasileira na condução das tratativas.
“Independentemente de quem seja designado, a diplomacia brasileira, com os argumentos que tem, vai saber superar esse momento”, afirmou Haddad. Ele destacou que os fatos favorecem a parceria bilateral, incluindo as vantagens que os Estados Unidos têm em manter relações comerciais estáveis com o Brasil.
O ministro reiterou que o governo continuará atento ao desenvolvimento das negociações, com foco em preservar os interesses brasileiros e buscar soluções que beneficiem ambos os lados. A expectativa é que o diálogo leve à redução ou eliminação das tarifas que incidem sobre os produtos nacionais.
Em resumo, a posição oficial do governo brasileiro mantém-se firme na defesa da pauta comercial diante da sobretaxa imposta pelos Estados Unidos, confiando na diplomacia como instrumento principal para avançar nas negociações, independentemente dos representantes americanos envolvidos no processo.
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Fonte: g1.globo.com
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