Céline Dion fez uma aparição pública na noite desta segunda-

Céline Dion fez uma aparição pública na noite desta segunda-feira (6) em Las Vegas, três anos após revelar, em 2022, ter sido diagnosticada com Síndrome da Pessoa Rígida (SPR), uma doença neurológica rara que causa rigidez muscular e espasmos. A cantora esteve com os filhos gêmeos, Eddy Angélil e Nelson Angélil, durante um show de Paul McCartney nos Estados Unidos.

Apesar de manter a vida pessoal reservada, Dion tem falado mais sobre a SPR desde o lançamento de seu documentário em junho de 2024. A cantora de 57 anos relatou que enfrentou dificuldades para lidar com o diagnóstico e abrir-se sobre os problemas de saúde que vinha enfrentando.

A Síndrome da Pessoa Rígida é caracterizada pela rigidez dos músculos do tronco, braços e pernas, às vezes limitada a uma só perna, segundo o neurologista Alex Baeta, da Beneficência Portuguesa de São Paulo. A condição é considerada rara e sem cura, afetando o sistema nervoso de forma imunomediada.

Os sintomas principais são rigidez muscular e espasmos, que podem ser confundidos com outras doenças como Parkinson, esclerose múltipla, fibromialgia e ansiedade, o que dificulta o diagnóstico. Exames específicos, como a dosagem de anticorpos GAD (descarboxilase do ácido glutâmico) no sangue, ajudam a confirmar a presença da síndrome.

De acordo com o National Institute of Health (NIH) dos Estados Unidos, a SPR afeta duas vezes mais mulheres que homens e geralmente está associada a outras doenças autoimunes, como diabetes, vitiligo, anemia e tireoidite. A causa exata da síndrome ainda não é totalmente compreendida, mas pesquisas indicam que resulta de uma resposta autoimune anormal no cérebro e na medula espinhal.

O tratamento da Síndrome da Pessoa Rígida é individualizado e busca aliviar os sintomas, utilizando medicamentos como diazepam e baclofeno para relaxar os músculos. Em alguns casos, são empregadas imunoglobulina intravenosa, corticoides, anticorpos monoclonais como o rituximabe, ou procedimentos como plasmaférese para filtração dos anticorpos do sangue, conforme explica o neurologista Baeta.

Mesmo com os cuidados médicos, a síndrome não tem cura, e os tratamentos visam melhorar a qualidade de vida dos pacientes, controlando a rigidez e os espasmos musculares.

A presença de Céline Dion em público após o diagnóstico e as conversas recentes sobre a SPR aumentam a visibilidade da doença, que ainda é pouco conhecida. A cantora segue ativa em suas atividades, apesar dos desafios impostos pela condição.

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Fonte: g1.globo.com