A valorização do café brasileiro nos Estados Unidos

A valorização do café brasileiro nos Estados Unidos voltou ao centro das discussões após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, no último mês. Durante a conversa, Trump afirmou que os EUA enfrentam dificuldades para suprir a demanda interna devido à tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, citando o café como exemplo.
O Brasil responde por 44% da produção mundial de café arábica e abastece cerca de um terço do consumo americano dessa variedade. A bebida brasileira tornou-se fundamental para os Estados Unidos, que não possuem capacidade produtiva suficiente para atender ao seu próprio mercado.
Entre os fatores que sustentam a preferência americana pelo café brasileiro estão a escala de produção, a diversidade climática e a qualidade reconhecida historicamente. Essas características garantem ao Brasil vantagens competitivas em termos de preços e consistência na oferta.
De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA, a Colômbia, segundo maior produtor mundial, alcançou um volume inferior a um terço da produção brasileira na última safra. Isso dificulta a substituição do fornecedor brasileiro pelo mercado americano em curto prazo.
O impacto da tarifa americana já é percebido nos preços para os consumidores. O valor do café subiu 3,6% em um mês e acumula uma alta anual de 20,9%, o maior índice registrado desde 1997. A elevação dos preços no mercado americano está diretamente ligada à política tarifária aplicada ao produto brasileiro.
O café arábica brasileiro é apreciado nos Estados Unidos há décadas, moldando os hábitos de consumo e o paladar do público local. Essa reputação histórica contribui para a demanda constante, reforçando a posição do Brasil como fornecedor prioritário.
Além da qualidade, a diversidade regional do país permite a produção durante o ano todo, o que assegura estabilidade ao mercado e oferece alternativas para diferentes perfis de consumidores americanos. Nenhum outro país atualmente possui estrutura e capacidade para substituir rapidamente o volume exportado pelo Brasil.
A conversa entre Lula e Trump ressaltou a importância econômica do café brasileiro para o comércio bilateral e evidenciou as dificuldades enfrentadas pelos EUA em diversificar seus fornecedores. A questão tarifária voltou a ser tema central diante das pressões para reajustes no comércio internacional.
Em resumo, o café brasileiro mantém papel estratégico para os Estados Unidos devido à sua escala produtiva, qualidade e papel histórico no consumo americano. As tarifas vigentes e a falta de fornecedores alternativos reforçam a dependência americana do Brasil, com impactos diretos nos preços e no mercado consumidor.
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Fonte: g1.globo.com
Fonte: g1.globo.com