O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta sexta-feira (3) a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, durante entrevista à TV Liberal, no Pará. Lula afirmou que juros altos dificultam o crescimento econômico e defendeu a redução dos juros para estimular a geração de empregos e a melhoria da qualidade de vida.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 17 de setembro, a Selic permaneceu em 15%, o maior patamar em quase duas décadas. A taxa estava em 15,25% em julho de 2006, no primeiro mandato do presidente Lula.

O Copom justificou a decisão com base em instabilidades no cenário externo e a inflação brasileira ainda acima da meta. O comitê reconheceu que a atividade econômica perdeu força, mas destacou que o mercado de trabalho permanece aquecido.

Segundo o Banco Central, a manutenção da taxa de juros altas ajuda no controle da inflação num ambiente considerado inflacionário. Economistas apontavam a expectativa de que a Selic fosse mantida estável por um período prolongado.

Lula afirmou que é necessário “ter consciência de que inflação baixa e juro baixo significam crescimento, significam geração de emprego, significam melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro”. Ele classificou a atual taxa como um problema a ser enfrentado.

A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação e influenciar o nível de atividade econômica. Juros mais altos desestimulam o consumo e o investimento, enquanto juros mais baixos podem incentivar o crescimento econômico.

A crítica do presidente ocorre em um momento em que o país enfrenta desafios econômicos, incluindo alta inflação persistente e um mercado de trabalho que mostra sinais de recuperação. A discussão sobre a Selic reflete o equilíbrio entre estímulo econômico e controle da inflação.

O Copom continuará monitorando o cenário econômico nacional e internacional para ajustar a política monetária conforme necessário, buscando o cumprimento das metas de inflação e a estabilidade econômica.

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Fonte: g1.globo.com