O músico e empresário Sean “Diddy” Combs foi condenado a

O músico e empresário Sean “Diddy” Combs foi condenado a 50 meses de prisão nesta sexta-feira (3), em Nova York, pelo juiz Arun Subramanian. A pena equivale a cerca de quatro anos de detenção, decorrente de sua condenação por transporte para fins de prostituição.

Combs, que enfrentava cinco acusações, foi condenado por duas delas, relacionadas ao transporte para prostituição envolvendo duas mulheres. Ele foi absolvido das acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração para extorsão. A decisão aconteceu após um julgamento que iniciou em maio de 2025, após sua prisão em setembro do ano anterior.

Durante a audiência de sentença, o juiz destacou a necessidade de uma punição substancial para reforçar que o abuso contra mulheres é crime punido com responsabilidade. Subramanian reconheceu a importância da trajetória profissional de Combs nas comunidades que influenciou, mas ressaltou que ações positivas não compensam os abusos cometidos contra as mulheres envolvidas no caso.

Sean “Diddy” Combs expressou arrependimento em seu discurso, afirmando acreditar na possibilidade de mudança pessoal e na importância de transformar o futuro, apesar dos erros do passado. Ele agradeceu a confiança do júri, que considerou inocentes algumas acusações durante o julgamento.

Preso desde setembro de 2024, Combs teve seus pedidos de liberdade sob fiança negados. Ele cumpriu pouco mais de 12 meses da pena, que serão descontados do total. A promotoria havia solicitado uma sentença de 135 meses, enquanto a defesa pedia no máximo 14 meses. O juiz indicou que a pena ideal estaria entre 70 e 87 meses, mas decidiu por 50 meses.

O processo, conduzido em um tribunal de Nova York, contou com depoimentos da promotoria, da defesa e de familiares de Combs. Seis dos sete filhos do artista compareceram ao tribunal e manifestaram apoio, relatando mudanças no comportamento do pai e a importância de sua presença familiar.

As acusações contra Combs incluíam conspiração para extorsão, tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção, além de transporte para fins de prostituição. Ele foi considerado inocente das acusações de tráfico e conspiração, mas culpado do transporte para prostituição em dois casos distintos.

O caso ganhou repercussão após a ex-namorada Cassie e uma testemunha identificada como “Jane” relatarem abusos envolvendo coerção, uso de drogas e práticas sexuais forçadas. As denúncias abriram caminho para investigações que culminaram na prisão do músico e no julgamento.

A defesa argumentou que Combs não lucrou com os crimes relacionados à prostituição e destacou traumas pessoais e arrependimento do artista. Já a promotoria pediu responsabilização pelos danos causados às vítimas ao longo de mais de 15 anos.

Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, é empresário e fundador da gravadora Bad Boy Records. Seu trabalho no hip-hop e no setor musical é reconhecido mundialmente. Apesar da condenação, sua relevância no mercado musical e suas ações filantrópicas foram mencionadas durante o julgamento.

Após o veredito, Combs permaneceu positivo e emocionado em momentos da audiência, indicando que aceitará a sentença e expressou desejo de regressar à família. O caso segue como um marco para o debate sobre abuso e responsabilidade no meio artístico e empresarial.

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Fonte: g1.globo.com