As exportações de vinho do Chile para o Brasil aumentaram

As exportações de vinho do Chile para o Brasil aumentaram quase 10% nos primeiros sete meses de 2025, compensando a queda nas vendas para os Estados Unidos após a imposição de tarifas de 10% pelo governo americano. O Brasil permanece como o principal mercado do Chile para vinhos, impulsionando o equilíbrio nas vendas externas do país.

Segundo dados da Wines of Chile, associação de produtores vitivinícolas, as compras dos Estados Unidos, segundo maior mercado chileno em volume, tiveram queda de 13% no mesmo período, influenciadas pela taxa adicional aplicada em 2024. A diretora comercial da Wines of Chile, Angelica Valenzuela, informou que a média de tarifas ficou zero para 10% e ressaltou que os custos começaram a ser repassados ao consumidor, desacelerando o mercado americano.

Em contrapartida, o Brasil aumentou suas aquisições e se consolidou como principal destino das exportações de vinho chileno, representando quase metade do mercado de importação nacional, conforme destacou Valenzuela. Ela também apontou o crescimento do número de consumidores regulares de vinho no Brasil, especialmente entre mulheres e pessoas com maior renda disponível, o que contribui para o potencial de expansão do setor.

Além dos Estados Unidos e Brasil, outros mercados internacionais apresentaram diferentes desempenhos. A China registrou queda de quase 23% nas importações de vinhos do Chile, atribuída à redução no consumo geral no país asiático. Por outro lado, Canadá, Japão, Irlanda e Coreia do Sul apresentaram crescimento nas compras, enquanto México, Holanda e Reino Unido tiveram queda nas aquisições.

O balanço geral das exportações de vinho do Chile em 2025 se manteve estável, com ajustes conforme as demandas específicas de cada país. Para aprimorar sua presença internacional, o Chile pretende investir em marketing focado na imagem do país como produtor de vinhos premium e sustentáveis, conforme declarou Valenzuela.

A estratégia deve fortalecer a competitividade chilena no mercado global diante das tarifas e mudanças no consumo mundial, mantendo a relevância do setor vitivinícola para a economia do país.

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Fonte: g1.globo.com