O jogo “Ghost of Yotei”, lançado na quinta-feira

O jogo “Ghost of Yotei”, lançado na quinta-feira (2) como exclusivo para PlayStation 5, apresenta uma evolução natural da franquia iniciada por “Ghost of Tsushima” em 2020, ampliando sua proposta com novos recursos técnicos e narrativos. A produção está ambientada na ilha de Hokkaido, no Japão feudal, e combina elementos de ação, aventura e RPG em um universo inspirado pelo cinema de samurais.

Com cenários mais variados e cinematográficos, “Ghost of Yotei” utiliza o maior poder de processamento do PS5 para oferecer gráficos aprimorados e modos visuais que homenageiam diretores japoneses renomados, como Kurosawa Akira, Miike Takashi e Watanabe Shinichirō. A trilha sonora inclui influências variadas, entre elas uma faixa lofi produzida pelo cocriador da série “Cowboy Bebop”.

O enredo se distancia do título anterior ao situar sua história séculos depois, sem personagens em comum, o que facilita a entrada de novos jogadores na série sem a necessidade de conhecimento prévio. A protagonista traz um perfil mais complexo e adequado ao contexto da trama, embora o roteiro sofra com comparações inevitáveis ao jogo “Assassin’s Creed Shadows”, lançado recentemente, que também aborda samurais e ninjas em busca de vingança.

O sistema de combate, um dos destaques do jogo original, passa por mudanças em “Yotei”. Em vez de posturas específicas para os adversários, o foco recai sobre o uso de diferentes armas, ampliando as possibilidades de personalização. A experiência permanece desafiante e variada, com batalhas que se tornam progressivamente mais complexas à medida que o jogador avança e consegue novas habilidades.

O mapa aberto da ilha traz mais diversidade ambiental em relação a “Tsushima”, atendendo à demanda por mudanças mais evidentes na ambientação. Contudo, algumas atividades secundárias foram substituídas e recebidas com opiniões mistas, como a troca da composição de haikus por desafios que exploram os recursos do controle do PS5, sem grande impacto para a experiência geral.

A interface mantém o design limpo e utiliza elementos do cenário, como pássaros e o vento, para orientar o jogador sem intervenções invasivas. Esse aspecto reforça a proposta mais contemplativa e cinematográfica do jogo, que privilegia a imersão e a narrativa visual.

Ao ser comparado a “Assassin’s Creed Shadows”, “Ghost of Yotei” apresenta diferenças claras no ritmo e na abordagem. Enquanto o título da Ubisoft aposta em ambientes urbanos grandes e múltiplas atividades, o jogo da Sucker Punch foca no combate aprofundado e na experiência mais focada e menos poluída de missões. Ambos apelam a públicos distintos dentro do tema dos samurais e vingança, deixado espaço para coexistência entre as franquias.

“Ghost of Yotei” consolida sua posição ao respeitar os acertos do jogo anterior e avançar com melhorias técnicas e narrativas. A escolha por uma continuação indireta amplia o alcance da franquia, permitindo que novos jogadores descubram seu universo. Com combates refinados e ambientação ampliada, o título se estabelece como uma referência atual para fãs do gênero de ação e aventura ambientado no Japão feudal.

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Fonte: g1.globo.com