O cantor porto-riquenho Bad Bunny foi anunciado como

O cantor porto-riquenho Bad Bunny foi anunciado como atração principal do show do intervalo do Super Bowl 2026, gerando reações negativas entre apoiadores do ex-presidente Donald Trump nesta terça-feira (30). O evento será realizado em 8 de fevereiro, em Santa Clara, Califórnia.

A escolha do artista, que canta principalmente em espanhol, provocou críticas de setores conservadores associados ao movimento “Make America Great Again” (MAGA). Sebastian Gorka, assessor do ex-presidente, manifestou sua insatisfação nas redes sociais, questionando se a NFL estaria ciente das controvérsias em torno do cantor.

Bad Bunny já havia causado descontentamento entre conservadores ao declarar que evitaria apresentar-se nos Estados Unidos em sua última turnê mundial, por receio de batidas de agentes de imigração durante os shows. Ele também tem letras que criticam Donald Trump, o que intensificou a reação do público alinhado a Trump.

Além de seu posicionamento político, Bad Bunny defende direitos LGBTQIA+ e combate a transfobia. O artista apoiou a candidata democrata Kamala Harris nas eleições presidenciais de 2024. Essas posições contrastam com as políticas adotadas por Trump desde o seu retorno político em janeiro, que incluíram medidas voltadas contra pessoas transgênero e imigrantes em situação irregular.

Porto Rico, a terra natal de Bad Bunny, é um território americano no Caribe. Em junho, o cantor divulgou um vídeo mostrando uma ação do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) em sua ilha natal, reforçando seu engajamento nas questões relacionadas à imigração.

O show do intervalo do Super Bowl é conhecido por reunir grandes nomes da indústria musical, como Michael Jackson, Madonna e Bruce Springsteen. Em 2024, o rapper Kendrick Lamar apresentou a atração central, cuja performance política também recebeu críticas do movimento MAGA.

Bad Bunny, cujo nome verdadeiro é Benito Antonio Martínez Ocasio, tem 31 anos e já conquistou três prêmios Grammy. A NFL divulgou comunicado com palavras do artista afirmando que sua participação no evento é uma homenagem ao seu povo, cultura e história.

A reação negativa de apoiadores de Trump destaca as tensões culturais e políticas que envolvem o Super Bowl, evento que atrai grande público e atenção internacional. A escolha do cantor reflete uma tentativa da NFL de diversificar a programação e atrair diferentes audiências, apesar da controvérsia.

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Fonte: g1.globo.com