O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (29) a imposição de tarifas de 10% sobre madeira e madeira serrada importadas e de 25% sobre armários de cozinha, pias de banheiro e móveis estofados. A medida começa a valer a partir de 14 de outubro, com aumentos previstos para janeiro de 2021.
Trump assinou uma proclamação presidencial que justifica as tarifas com base na Seção 232 da Lei de Comércio de 1974, alegando que as importações desses produtos enfraquecem a segurança nacional americana. Segundo o comunicado, as tarifas buscam proteger a indústria local, que enfrenta fechamento de serrarias e interrupções na cadeia de suprimentos.
O decreto estabelece que, a partir de 1º de janeiro, as taxas sobre móveis estofados de madeira subirão para 30%, enquanto as de armários e pias de banheiro podem alcançar 50% para países que não firmarem acordos comerciais com os EUA. O governo argumenta que produtos de madeira são essenciais para infraestrutura de defesa nacional e outros sistemas estratégicos.
Países como Canadá, Vietnã e México serão diretamente afetados pela medida. O Canadá é o maior fornecedor de madeira serrada para os EUA e já sofre tarifas combinadas de cerca de 35%, em razão de uma disputa antiga sobre exploração florestal. O governo canadense destinou cerca de C$ 1,2 bilhão para apoiar seus produtores diante das novas medidas.
O México e o Vietnã têm ganhado espaço como exportadores de móveis de madeira, especialmente após a imposição de tarifas elevadas sobre produtos chineses desde 2018. As alíquotas sobre móveis chineses, que chegam a 55%, poderão quase dobrar para armários e pias importados desses países.
A proclamação prevê exceções para países com acordos comerciais vigentes. As tarifas serão limitadas a 10% para madeira importada do Reino Unido e a 15% para produtos provenientes da União Europeia e do Japão, conforme previsto nesses tratados internacionais. No entanto, ainda não foi formalmente reconhecido o acordo fechado com o Vietnã em julho, que estabelecia tarifa de 20%.
Em abril, o Departamento de Comércio dos EUA havia iniciado uma investigação sobre o impacto das importações de madeira na segurança nacional. Na ocasião, a Câmara de Comércio dos Estados Unidos se posicionou contrariamente às restrições, afirmando que elas aumentariam os custos para empresas e para o setor da construção, além de prejudicar as exportações e a economia local.
O uso de tarifas tem sido uma estratégia frequente do governo Trump para elevar a arrecadação e proteger setores da indústria americana, apesar dos efeitos nas cadeias globais de produção e nos custos para consumidores e empresas.
A aplicação dessas novas tarifas reforça a intensificação das políticas comerciais dos EUA, que também incluem medidas para medicamentos patenteados e caminhões pesados previstas para entrar em vigor em 1º de outubro.
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Fonte: g1.globo.com
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