O governo dos Estados Unidos entrará em paralisação

O governo dos Estados Unidos entrará em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não aprovar o orçamento necessário para manter o financiamento federal. O impasse terá impacto em serviços públicos, com suspensão de atividades e funcionários trabalhando sem receber salário ou em licença compulsória.
O principal motivo do impasse é a disputa sobre programas de benefícios de saúde que estão prestes a expirar. Democratas condicionam a aprovação do orçamento à extensão desses programas, enquanto republicanos defendem a separação entre financiamento federal e questões de saúde.
Na segunda-feira (29), representantes dos dois partidos e o presidente Donald Trump tentaram negociar uma saída na Casa Branca, mas não alcançaram acordo. As acusações mútuas entre democratas e republicanos aumentaram, elevando a tensão política.
Na terça-feira (30), Trump ameaçou demitir servidores públicos e encerrar programas relacionados aos democratas caso o shutdown ocorra. O Senado tentou aprovar uma proposta de orçamento no mesmo dia, mas não obteve votos suficientes. A próxima reunião está marcada para a manhã desta quarta-feira, sem previsão de resolução imediata.
Com a paralisação, apenas serviços essenciais continuarão ativos, como segurança pública, fiscalização de fronteiras e parte do controle aéreo. Funcionários em áreas não essenciais terão suas atividades suspensas ou continuarão trabalhando sem remuneração, que será paga retroativamente após o fim do shutdown.
No setor aéreo, a Administração Federal de Aviação (FAA) enviará 11 mil funcionários para casa, enquanto 13 mil controladores de tráfego trabalharão sem salário. O déficit atual é de cerca de 3.800 controladores. A paralisação deve aumentar atrasos e filas nos aeroportos, como ocorreu durante o shutdown de 2018-2019.
Parques nacionais, museus e zoológicos federais podem fechar ou reduzir serviços. Serviços como pagamento de aposentadorias, benefícios de invalidez e programas de saúde continuarão enquanto houver recursos disponíveis.
O Serviço Postal seguirá operando normalmente, pois não depende do orçamento do Congresso. Tribunais federais e a Receita Federal podem limitar suas funções se a paralisação se estender por tempo prolongado.
Agentes do FBI, Guarda Nacional, patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração continuarão trabalhando. No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será colocada em licença. Cerca de 2 milhões de militares manterão suas funções regulares.
Visitas de autoridades estrangeiras previstas durante a paralisação provavelmente serão canceladas. Contratos já firmados antes do início do shutdown permanecem válidos para garantir a segurança nacional.
A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos, prejudicar políticas públicas, afetar investidores e restringir empréstimos para pequenas empresas.
O último shutdown nos EUA aconteceu entre 2018 e 2019, durou 35 dias e foi causado pela disputa em torno do financiamento de um muro na fronteira com o México. A crise custou cerca de US$ 3 bilhões à economia americana.
Desta vez, a batalha política gira em torno da saúde. Líderes democratas defendem a necessidade de manter programas de benefícios, enquanto republicanos criticam a condição imposta ao orçamento. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, pediu rejeição ao projeto republicano, e o senador John Thune classificou a oposição como prejudicial à população.
Sem acordo definido, a paralisação ameaça se estender, gerando impactos variados na operação do governo federal e na vida dos cidadãos.
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Fonte: g1.globo.com
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