A Câmara de Comércio Exterior (Camex) adiou por

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) adiou por 30 dias o prazo para a entrega do relatório que analisa a aplicação da lei da reciprocidade contra os Estados Unidos, em resposta à tarifa de 50% imposta por Washington sobre produtos brasileiros. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (29), durante a 4ª Reunião Extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex).

O prazo original para apresentação do relatório, previsto no artigo 11 do Decreto nº 12.551, de 14 de julho de 2025, foi estendido por mais 30 dias. A lei permite o adiamento por até 120 dias, considerando duas prorrogações consecutivas de 30 dias para a Secretaria-Executiva da Camex concluir o documento.

Após o envio, o Gecex dispõe de mais 30 dias, também prorrogáveis, para decidir sobre a abertura do processo de aplicação da lei da reciprocidade. A Camex informou em nota, divulgada na sexta-feira (26), que o relatório está em elaboração e será entregue dentro dos prazos legais.

Este adiamento ocorre em meio a expectativas sobre um possível encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. O tema comercial tem papel central nas tratativas entre os dois países, após Trump declarar, em discurso na Assembleia Geral da ONU, ter tido “uma química excelente” com Lula.

A lei da reciprocidade permite ao Brasil aplicar medidas equivalentes e tarifas adicionais sobre produtos importados dos Estados Unidos. A iniciativa visa equilibrar os efeitos do aumento tarifário de 50% imposto pelos EUA, que afeta setores como o agronegócio brasileiro.

O tarifaço dos Estados Unidos representa uma resposta às políticas comerciais adotadas, e o Brasil busca, por meio da lei da reciprocidade, proteger seus mercados e setores mais impactados. A análise do relatório da Camex indicará os próximos passos do governo no enfrentamento das barreiras comerciais americanas.

A sequência do processo dependerá da conclusão do relatório e da deliberação do Gecex sobre a abertura formal do procedimento para aplicação da lei. O governo brasileiro mantém diálogo aberto e acompanha os desdobramentos nas negociações bilaterais comerciais.

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Fonte: g1.globo.com