Marcos de Souza Nunes, conhecido como Marquinho PQD

Marcos de Souza Nunes, conhecido como Marquinho PQD, compositor e figura importante do samba no Rio de Janeiro, morreu na manhã desta segunda-feira (29) aos 66 anos, após dias de internação no hospital da cidade. A causa da morte não foi divulgada.

Marquinho PQD foi parceiro de nomes como Arlindo Cruz, Sombrinha, Zeca Pagodinho e Beth Carvalho, deixando ao longo de quatro décadas uma obra com mais de 400 sambas. Embora pouco conhecido como cantor, destacou-se como compositor, com trabalhos que marcaram a discografia do samba brasileiro.

Um dos últimos sucessos ligados à sua composição foi “Quem mandou”, samba gravado por Sombrinha durante show no dia 8 de setembro, na casa Vivo Rio, comemorando 50 anos de carreira do artista. A canção foi composta por Marquinho em parceria com Sombrinha e Xande de Pilares.

Marquinho PQD compôs “Ogum” ao lado de Claudemir, música lançada em 2008 e que se tornou um dos grandes sucessos do cantor Zeca Pagodinho. Em 1996, Zeca também batizou seu álbum “Deixa clarear” com o nome de uma parceria entre o homenageado, Arlindo Cruz e Sombrinha.

Desde o início de sua trajetória, Marquinho marcou presença em gravações importantes. Em 1983, o grupo Fundo de Quintal incluiu “Fases do amor”, de autoria de PQD e outros parceiros, no álbum “Nos pagodes da vida”. No ano seguinte, seu samba “Coração feliz”, em parceria com Adilson Bispo e Gerson do Vale, foi nome de álbum da cantora Beth Carvalho, referência no samba brasileiro.

Em 1987, a música “Luz do repente”, samba de Marquinho com Arlindo Cruz e José Franco Lattari, nomeou o segundo álbum solo da cantora Jovelina Pérola Negra. Dois anos depois, em 1989, essa mesma parceria compôs “Sonhando eu sou feliz”, que integrou o álbum “Saudades da Guanabara”, de Beth Carvalho.

Em sua carreira, Marquinho PQD lançou apenas um álbum solo independente, “Hora de realizar”, em 2011, onde registrou 13 das suas composições, da vasta obra que construiu no samba.

Marquinho PQD permaneceu uma figura celebrada principalmente nas rodas de samba cariocas, mantendo vivas as tradições e o circuito local do gênero. Sua contribuição como compositor é lembrada nas letras e melodias que permanecem na discografia nacional.

O legado de Marcos de Souza Nunes permanece nos encontros musicais e nos registros de samba feito ao longo de 42 anos de atuação, consolidando sua importância dentro do samba popular brasileiro.

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Fonte: g1.globo.com