O Google concordou em pagar US$ 24,5 milhões para encerrar a ação judicial movida pelo ex-presidente Donald Trump sobre a suspensão de sua conta no YouTube em 2021, após o ataque ao Capitólio. A decisão foi formalizada em documentos protocolados em um tribunal federal na Califórnia e anunciada uma semana antes da audiência marcada para 6 de outubro.
Do valor total do acordo, US$ 22 milhões serão destinados ao Trust for the National Mall, organização que apoia projetos para o National Mall, área histórica em Washington, D.C. O montante será utilizado para ajudar a financiar a construção do Salão de Baile Estadual da Casa Branca. O restante será repassado a outras instituições, entre elas a União Conservadora Americana.
A suspensão da conta de Trump no YouTube ocorreu em meio a um contexto de crise política após o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos Estados Unidos. Trump havia processado o Google, empresa-mãe do YouTube, alegando violação de direitos relacionados à liberdade de expressão e censura pelas plataformas digitais.
Este acordo coloca o Google entre as grandes empresas de tecnologia que fecharam acordos com Trump para encerrar processos semelhantes. Em janeiro, a Meta Platforms aceitou pagar US$ 25 milhões para resolver uma ação sobre a suspensão do perfil de Trump no Facebook durante o mesmo período. Além disso, a rede social X, anteriormente conhecida como Twitter e atualmente controlada por Elon Musk, concordou em encerrar uma ação relacionada por US$ 10 milhões.
Os documentos do caso ressaltam que o acordo não representa uma admissão de responsabilidade por parte do Google. A empresa confirmou a existência do acordo, mas não fez declarações adicionais.
A audiência inicial estava prevista para ocorrer em 6 de outubro diante da juíza distrital Yvonne Gonzalez-Rogers, em Oakland, Califórnia. O fechamento da ação evita que o caso prossiga nos tribunais, poupando as partes de um processo judicial prolongado.
Essa série de acordos reflete uma crescente tensão entre ex-presidentes e plataformas digitais sobre moderação de conteúdo, liberdade de expressão e políticas de uso das redes sociais. A retirada de perfis de figuras públicas após incidentes de segurança política vem gerando debates sobre os limites da responsabilidade das empresas e os direitos dos usuários.
Com os processos encerrados, as empresas de tecnologia buscam reduzir incertezas legais e controlar possíveis impactos financeiros e reputacionais.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com