As contas do governo federal apresentaram déficit primário de R$ 15,6 bilhões em agosto de 2024, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29). O resultado representa a melhor performance para o mês desde 2021, quando o rombo foi de R$ 11,3 bilhões.
O déficit primário ocorre quando as despesas do governo superam as receitas arrecadadas, sem considerar os pagamentos de juros da dívida pública. Em agosto de 2023, o déficit havia sido de R$ 22,2 bilhões, portanto, houve redução no rombo em comparação anual.
No acumulado dos primeiros oito meses de 2024, o governo registrou déficit primário de R$ 86,1 bilhões. Embora o valor ainda represente desequilíbrio, ficou menor do que o déficit de R$ 98,4 bilhões apurado no mesmo período do ano anterior.
A receita líquida do governo somou R$ 1,527 trilhão entre janeiro e agosto, alta real de 3,9% em relação ao ano anterior. Já as despesas totalizaram R$ 1,611 trilhão no período, com crescimento real de 2,4%.
A meta fiscal estabelecida para 2024 prevê déficit primário zero, ou seja, equilíbrio entre receitas e despesas. No entanto, conforme as regras do arcabouço fiscal, o governo pode registrar déficit de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a cerca de R$ 31 bilhões, sem descumprimento formal da meta.
Apesar da projeção oficial de déficit de R$ 73,5 bilhões para o ano, o governo pode descontar da meta as despesas com precatórios, reduzindo o rombo estimado para R$ 30,2 bilhões. Esse valor está dentro do limite permitido pelo arcabouço fiscal.
Os dados indicam uma melhora moderada nas contas públicas, mas o resultado ainda expressa desequilíbrio fiscal ao longo do ano. O acompanhamento dos números será fundamental para avaliar o cumprimento da meta e a sustentabilidade das contas governamentais.
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Fonte: g1.globo.com
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