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A Orquestra Imperial realizou no dia 27 de

A Orquestra Imperial realizou no dia 27 de
  • Publishedsetembro 29, 2025

A Orquestra Imperial realizou no dia 27 de setembro de 2025, no festival Doce Maravilha, no Jockey Clube Brasileiro, no Rio de Janeiro, um show em tributo ao cantor e compositor Erasmo Carlos (1941–2022). O evento buscou valorizar a obra do artista por meio de um repertório que percorreu diferentes fases e estilos presentes na carreira do chamado Gigante gentil.

O espetáculo começou com a música “Sentado à beira do caminho” (1969), interpretada por Moreno Veloso. A partir daí, o grupo explorou o samba-rock em canções como “O comilão” (1973) e “Meu ego” (1977), com arranjos marcados pela presença dos metais e os vocais de Thalma de Freitas e Nina Becker. O show também trouxe momentos mais delicados, como a execução de “Grilos” (1972) e “Gente aberta” (1971), interpretadas por Moreno Veloso e Matheus VK, respectivamente.

O guitarrista Rick Ferreira, colaborador frequente de Erasmo Carlos desde 1975, fez participação especial em “Sou uma criança, não entendo nada” (1974), com solo de guitarra acompanhado por Matheus VK. Já Jota.Pê, convidado da noite, interpretou o samba “A história da morena nua que abalou as estruturas do esplendor do Carnaval” (2002), parceria única de Erasmo com Max de Castro, seguida por “Além do horizonte” (1975), executada pelo conjunto vocal da Orquestra Imperial.

Entre as participações femininas, Emanuelle Araújo cantou “Sorriso dela” (1972) e conduziu a coroação do show com “Coqueiro verde” (1970). Gaby Amarantos se apresentou com “Mesmo que seja eu” (1982), que traz uma abordagem de rock, e também interpretou “A menina da felicidade” (2023), canção composta por Erasmo para um projeto abortado por Wanderléa, gravada em dueto póstumo pela cantora paraense.

Um dos momentos surpreendentes do repertório foi “Na paz do seu sorriso”, inicialmente lançada por Roberto Carlos em 1979 e regravada por Erasmo Carlos e Wanderléa em 1980, interpretada no show por Thalma de Freitas em versão com pegada soul. O encerramento ficou por conta de “Se você pensa”, música de rock que envolveu todos os artistas presentes no palco.

A Orquestra Imperial já havia participado de tributos no festival Doce Maravilha, como o espetáculo em homenagem à Rita Lee em 2023 e ao pianista João Donato em 2024. Com “Erasmo Imperial”, a big band carioca manteve a proposta de destacar a importância de grandes nomes da música brasileira, agora explorando o repertório eclético e essencial de Erasmo Carlos.

O show contou com arranjos detalhados e a participação de artistas reconhecidos, que contribuíram para a atmosfera vibrante e diversificada da apresentação. A escolha do repertório mesclou sucessos consagrados e canções menos conhecidas, proporcionando um panorama amplo da trajetória musical do homenageado.

A apresentação consolidou-se como um dos pontos altos da terceira edição do festival Doce Maravilha, reafirmando o compromisso da Orquestra Imperial em preservar e difundir o legado da música popular brasileira. O tributo a Erasmo Carlos recebeu avaliação positiva por sua qualidade artística e pela energia transmitida ao público.

Assim, a orquestra carioca reforçou seu papel como interlocutora de obras fundamentais da música nacional, utilizando a linguagem do samba, do rock e da soul music para resgatar a carreira de Erasmo Carlos com respeito e dinamismo. O evento mostrou que a riqueza da obra do cantor continua viva e capaz de envolver novas gerações.

Palavras-chave: Orquestra Imperial, Erasmo Carlos, festival Doce Maravilha, Rio de Janeiro, tributo musical, samba-rock, música brasileira, Jota.Pê, Emanuelle Araújo, Gaby Amarantos, Rick Ferreira, Moreno Veloso, música popular brasileira.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Vitor Souza

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