Marisa Monte e Ney Matogrosso se reencontraram no

Marisa Monte e Ney Matogrosso se reencontraram no dia 27 de setembro, no festival Doce Maravilha, realizado no Jockey Clube Brasileiro, no Rio de Janeiro. O encontro no palco marcou a participação de Marisa no show de Ney, que encerrou o segundo dia do evento, trazendo um repertório que fugiu da mera repetição de apresentações anteriores.

Apesar de muitos no público desconhecerem, o dueto já havia ocorrido no dia 20 de setembro de 2023, no show Primavera dos bichos, na casa Vivo Rio. Naquela ocasião, eles cantaram juntos oito canções. No Doce Maravilha, Marisa também interpretou oito músicas com Ney, sendo três delas inéditas em relação ao repertório passado.

Uma das novidades foi a música O vira, composta por João Ricardo e Luhli em 1973, no estilo fado, que provocou grande reação da plateia. Desde 1999, Ney não incluía essa canção do Secos & Molhados em seus shows. Na apresentação, Marisa cantou e acompanhou Ney na dança característica do cantor durante o auge do trio, animando o público.

Outra faixa apresentada foi Coração civil, de Milton Nascimento e Fernando Brant, gravada por Ney em 1983 e retomada em 2019 no show Bloco na rua. A música, com ritmo marcial, foi cantada com intensidade e gerou um coro de “Sem anistia” na plateia, em referência ao contexto político brasileiro em 2025.

O terceiro destaque entre as músicas inéditas foi Pro dia nascer feliz, do rock composto por Roberto Frejat e Cazuza em 1982. A canção também recebeu a voz de Marisa, fechando o trio de faixas novas no dueto do festival.

As demais cinco músicas reforçaram a harmonia vocal entre Marisa e Ney e o tom afetivo do reencontro. Entre elas, Na rua, na chuva, na fazenda…, de Hyldon, e O leãozinho, de Caetano Veloso, integraram o repertório com uma atmosfera mais suave. O contracanto de Marisa em Balada do louco, de Arnaldo Baptista e Rita Lee, destacou o encontro como especialmente bonito, enquanto Sangue latino, de João Ricardo e Paulo Mendonça, trouxe a energia do rock.

Fala, canção de João Ricardo e Luhli que abriu o bloco em que Marisa participou, ajudou a estabelecer a sintonia entre os artistas, que cumpriu as expectativas criadas em torno do reencontro.

O convite feito por Ney para a entrada de Marisa ao palco aconteceu logo após a interpretação da música O último dia, de Paulinho Moska e Billy Brandão. O número ganhou status de momento esperado pelo público, que viu no show do Doce Maravilha uma continuidade e uma ampliação do diálogo musical entre os dois artistas.

O encontro entre Marisa Monte e Ney Matogrosso nessa terceira edição do festival Doce Maravilha gerou renovado interesse e entusiasmo, destacando-se em um evento que reuniu diversos artistas relevantes da música brasileira.

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Fonte: g1.globo.com