O setor do café brasileiro retomou o otimismo com a

Imagem: s2-g1.glbimg.com

O setor do café brasileiro retomou o otimismo com a possibilidade de isenção de tarifas nas exportações para os Estados Unidos, após um decreto assinado pelo ex-presidente Donald Trump e um aceno diplomático entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia-Geral da ONU, em setembro de 2025.

No início de setembro, Trump assinou um decreto que inclui o café na lista de produtos que podem ser isentos de tarifas, desde que o país parceiro conclua um acordo comercial com os EUA. O decreto contempla itens que os Estados Unidos não produzem, como o café, maior consumo do mundo, mas quase nenhuma produção própria.

O aceno ocorreu durante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, no dia 23 de setembro, quando Trump mencionou ter tido “uma química excelente” com Lula e destacou a possibilidade de uma reunião entre os dois líderes na semana seguinte. A data e o formato do encontro ainda não foram definidos.

Antes da aplicação da tarifa de 50% em agosto de 2025, o Brasil era o principal fornecedor de café para os EUA, respondendo por cerca de um terço do mercado norte-americano. A imposição das taxas provocou uma queda nas exportações brasileiras para aquele país, enquanto a Alemanha ultrapassou os EUA como maior importadora do grão nacional.

Entidades do setor, como a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) e o Conselho de Exportadores de Café (Cecafé), reconhecem que o decreto formaliza um caminho para a isenção das tarifas, mas apontam que a concretização depende de negociações políticas entre os governos do Brasil e dos EUA.

Para Pavel Cardoso, presidente da Abic, a possibilidade de um acordo bilateral pode colocar o café como prioridade nas relações comerciais entre os países. Ele destaca que, antes, não havia expectativa de isenção, mas que o diálogo criado na ONU mudou o cenário.

“O café está no radar dos dois presidentes, sem dúvida. Então, depende apenas da questão política para esse nó ser desatado”, afirmou Cardoso.

Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé, ressalta que o café é um produto estratégico e de alto valor agregado para a indústria dos EUA. A fala de Trump sobre o encontro trouxe ânimo ao mercado e reforçou a importância da retomada do diálogo para viabilizar o acordo.

O decreto assinado por Trump, que trata das chamadas “tarifas recíprocas”, apresenta a isenção tarifária como uma possibilidade para produtos que os EUA não produzem em quantidade suficiente, o que inclui o café. O documento também deixa claro que a isenção depende da conclusão de um acordo comercial entre os países.

O setor caféista observa que os dados indicam uma crise nas exportações norte-americanas desde a imposição da tarifa, com perdas de mercado e aumento da concorrência internacional. A retomada dos negócios dependerá da formalização do acordo e do alinhamento político entre Brasília e Washington.

Até o momento, não há confirmação oficial sobre o encontro entre Lula e Trump, nem sobre detalhes específicos da negociação. Os produtores brasileiros acompanham o desenvolvimento das tratativas com expectativa, diante da relevância do mercado americano para o café nacional.

O contexto aponta para um momento em que decisões políticas internacionais terão impacto direto sobre a balança comercial do setor cafeeiro brasileiro, que buscava alternativas diante da retração das exportações para os EUA. A sinalização recente reacende a possibilidade de retomada da participação brasileira no maior mercado consumidor do mundo.

Palavras-chave relacionadas para SEO: exportação de café, tarifa de importação EUA, Donald Trump, Luiz Inácio Lula da Silva, acordo comercial Brasil-EUA, setor café brasileiro, produção de café, mercado internacional de café, isenção tarifária, comércio exterior.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Sair da versão mobile