O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou

Imagem: s2-g1.glbimg.com

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quinta-feira (25) uma ordem executiva que autoriza a venda do TikTok no país, estabelecendo regras para que uma nova empresa americana opere a plataforma até 16 de dezembro de 2024. A medida visa responder a preocupações dos EUA sobre riscos à segurança nacional relacionados ao controle chinês da rede social.

O decreto obriga que a nova empresa seja sediada nos Estados Unidos e que menos de 20% de sua propriedade esteja nas mãos de entidades estrangeiras, incluindo a controladora chinesa ByteDance. Além disso, os algoritmos, o código-fonte e as decisões sobre moderação de conteúdo devem estar sob o controle da empresa americana.

Também está previsto que os dados confidenciais dos usuários americanos sejam armazenados em ambiente de nuvem administrado por companhia dos EUA, prevenindo o acesso por adversários estrangeiros. O objetivo é proteger informações pessoais e evitar influências externas sobre a segurança nacional, ao mesmo tempo em que mantém o funcionamento da plataforma para os milhões de usuários, criadores de conteúdo e empresas que dependem do TikTok.

Trump afirmou que conversou com o presidente da China, Xi Jinping, e que o líder chinês deu aval para que o acordo de venda prossiga. Por outro lado, a embaixada chinesa em Washington e o TikTok ainda não se manifestaram oficialmente sobre o assunto.

Segundo o vice-presidente americano, J.D. Vance, a nova empresa, que herdaria os cerca de 170 milhões de usuários do TikTok nos EUA, está avaliada em cerca de US$ 14 bilhões. Analistas, no entanto, consideram esse valor baixo; em abril de 2025, o TikTok poderia valer entre US$ 30 bilhões e US$ 40 bilhões, conforme projeção de Dan Ives, da Wedbush Securities.

A ByteDance, proprietária do TikTok, tem uma avaliação estimada em US$ 330 bilhões, com o TikTok representando uma fração dessa cifra. Vance reconheceu resistência por parte chinesa, mas afirmou que o objetivo principal era manter o TikTok operando nos Estados Unidos, garantindo a proteção dos dados dos usuários conforme a legislação americana.

A relação entre o TikTok e o governo dos EUA se estende desde o primeiro mandato de Trump, que, em 2020, tentou impedir downloads do aplicativo e chegou a anunciar um banimento, porém enfrentou derrotas judiciais. Em abril de 2024, o presidente Joe Biden sancionou uma lei que determina a venda da plataforma nos EUA até janeiro de 2025.

Durante a campanha eleitoral de 2024, Trump mudou sua postura e passou a defender a continuidade do TikTok no país. Em seu novo mandato, iniciado neste ano, o presidente prorrogou o prazo para venda diversas vezes, em janeiro, abril, junho e setembro, até finalmente assinar a ordem executiva em outubro.

A assinatura desta ordem representa uma tentativa dos EUA de controlar os riscos percebidos na atuação de empresas estrangeiras em setores estratégicos, alinhando-se a esforços internacionais para reforçar a segurança dos dados dos cidadãos em plataformas globais.

Palavras-chave relacionadas: TikTok, Donald Trump, TikTok EUA, ordem executiva, segurança nacional, venda TikTok, ByteDance, Xi Jinping, dados pessoais, tecnologia americana, J.D. Vance, avaliação TikTok, legislação EUA, empresa americana, plataforma digital, moderação de conteúdo.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Sair da versão mobile