Economia

O Grupo Abra, controlador da Gol, anunciou nesta

O Grupo Abra, controlador da Gol, anunciou nesta
  • Publishedsetembro 25, 2025

O Grupo Abra, controlador da Gol, anunciou nesta quinta-feira (25) o fim das negociações para uma possível fusão com a Azul, além do encerramento do acordo de codeshare firmado em maio de 2024. A decisão foi comunicada após a ausência de avanços significativos nas discussões entre as companhias aéreas.

Após a assinatura do Memorando de Entendimentos em janeiro deste ano, as partes não deram continuidade às negociações para uma combinação de negócios. O Grupo Abra destacou que as condições do mercado e o cenário regulatório mudaram desde o início das tratativas, o que influenciou a decisão de encerrar as conversas. A notificação formal foi enviada à Azul em conformidade com o acordo de confidencialidade previamente estabelecido.

Além da fusão, o código compartilhado entre Gol e Azul também será desfeito. O acordo permitia a venda cruzada de bilhetes e a interconexão das malhas aéreas das duas companhias, incluindo a integração de seus programas de fidelidade, Azul Fidelidade e Smiles. O Grupo Abra informou que seguirá honrando todos os bilhetes comercializados dentro do escopo do codeshare até o término das operações referentes ao contrato.

No início de setembro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou que o acordo de codeshare entre Gol e Azul deveria ser notificado ao órgão em até 30 dias. Enquanto a análise concorrencial não fosse concluída, foi vedada a ampliação das rotas incluídas no acordo. A não notificação resultaria na suspensão automática do contrato, mantendo apenas as passagens já emitidas. O relator do processo no Cade, conselheiro Carlos Jacques, ressaltou que acordos de codeshare são passíveis de avaliação antitruste caso a caso, especialmente quando envolvem companhia nacionais e há sobreposição de rotas.

A fusão entre Gol e Azul levantava questionamentos sobre possíveis impactos no mercado, especialmente em relação aos preços das passagens aéreas. Uma combinação entre as duas maiores companhias aéreas brasileiras poderia reduzir a concorrência, favorecendo a redução da oferta e o aumento dos preços para os consumidores. Por outro lado, o fim das negociações mantém o ambiente competitivo entre as empresas, fortalecendo a disputa por clientes e tarifas.

Analistas apontavam que a consolidação no setor poderia trazer ganhos de eficiência para as companhias e simplificar a operação, mas também alertavam para riscos de concentração de mercado e perda de diversidade na oferta de serviços. A decisão do Grupo Abra, ao encerrar as negociações, mantém o status quo da aviação comercial no Brasil, com Gol e Azul operando de forma independente.

Com o encerramento do codeshare, os passageiros podem enfrentar mudanças nas conexões e na flexibilização do uso dos programas de fidelidade, mas a Gol assegurou o compromisso de manter a qualidade do atendimento em suas 147 rotas domésticas e 42 rotas internacionais. A disputa entre as aéreas segue focada em ampliar a malha de voos e aprimorar serviços para os clientes.

Em resumo, a Gol e a Azul não avançaram na proposta de fusão nem na parceria comercial que integrava parte de suas operações. O ambiente competitivo permanece intacto, e o Cade segue como órgão regulador responsável por monitorar possíveis movimentos que possam afetar a concorrência no setor aéreo brasileiro.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

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Caio Marcio

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