Milhares de jovens da Geração Z realizam protestos

Imagem: s2-g1.glbimg.com

Milhares de jovens da Geração Z realizam protestos na Ásia contra a corrupção endêmica em seus países, usando redes sociais e inteligência artificial para mobilizar as ações. Os principais episódios ocorreram em 2023, entre Nepal, Indonésia e Filipinas, envolvendo manifestações que resultaram em confrontos e cobranças por mudanças políticas.

No Nepal, a raiva cresceu após o casamento da filha de um político em Bhaktapur, que teria causado congestionamentos e favorecimento de convidados VIP, entre eles o primeiro-ministro. O jovem ativista Aditya, de 23 anos, viralizou conteúdos nas redes apontando situações similares de ostentação entre familiares de políticos, como o caso de Saugat Thapa, filho de ministro com fotos de presentes caros. Isso levou a protestos em Katmandu, no dia 8 de setembro, que culminaram na invasão do Parlamento e na renúncia do premiê KP Sharma Oli. Cerca de 70 mortos foram registrados nos confrontos com a polícia.

Na Indonésia, manifestações ocorreram contra benefícios financeiros a parlamentares e cortes no orçamento, mobilizando dezenas de milhares em cidades como Jakarta. Estudantes como Zikri Afdinel Siregar denunciaram disparidades sociais e indignação com os privilégios dos políticos. Hashtags como #IndonesiaGelap circularam, expressando a insatisfação. Nas Filipinas, mais de 30 mil jovens participaram de debates online e protestos contra corrupção, fortalecendo um sentimento comum à região.

Os manifestantes se opõem aos chamados “nepo babies”, jovens ligados a políticos influentes, que são vistos como símbolos da corrupção e da desigualdade social. Eles questionam a falta de oportunidades e o crescimento das diferenças econômicas em nações que ainda enfrentam pobreza e baixa mobilidade social. Casos de jovens como o empreendedor nepales que cometeu suicídio evidenciam a frustração geracional com o sistema vigente.

As redes sociais, além de ferramentas de mobilização como TikTok, Discord e plataformas de inteligência artificial, tiveram papel central na organização desses protestos. Grupos como o “Gen Z Rebels” produziram vídeos que viralizaram, mesmo diante de tentativas governamentais de limitar o acesso às plataformas digitais, como a proibição temporária das mídias sociais no Nepal. Essa nova forma de protesto se apoia na comunicação digital, mas enfrenta limitações para transformar indignação online em mudanças estruturais profundas.

Essa onda de protestos se manifesta também na solidariedade entre manifestantes de diferentes países asiáticos, que compartilham símbolos e hashtags em apoio mútuo. A difusão rápida de imagens e relatos por meio da internet amplifica a visibilidade dos movimentos, embora nem sempre resulte em soluções políticas efetivas.

Governo dos países afetados condenaram episódios de violência durante os protestos, como o incêndio de edifícios públicos e agressões a políticos. No entanto, alguns atendimentos parciais foram realizados, como a retirada de benefícios financeiros a parlamentares na Indonésia e a criação de comissões investigativas nas Filipinas. Ainda assim, os especialistas apontam que protestos digitais frequentemente enfrentam desafios para gerar mudanças sólidas devido à falta de liderança e organização de longo prazo.

Históricos anteriores, como a revolução do Nepal em 2006 que levou à queda da monarquia, mostram ciclos em que movimentos iniciais se esgotam sem reformas duradouras, com antigos manifestantes posteriormente integrando o sistema político. Jovens atuais afirmam buscar evitar esses erros, promovendo uma postura crítica e independente dos líderes políticos.

Especialistas indicam que a geração Z utiliza as tecnologias de informação e comunicação como forma natural de se organizar, mas alertam para a necessidade de estratégias políticas estruturadas para manter o ímpeto dos protestos. A transformação social dependerá da capacidade dos movimentos de articular ações concretas que ultrapassem as redes digitais.

Em resumo, os protestos da Geração Z na Ásia evidenciam o poder das redes sociais para mobilizar jovens contra a corrupção, mas também apontam para os limites dessas ferramentas na promoção de mudanças políticas duradouras. O futuro desses movimentos dependerá do equilíbrio entre ativismo digital e planejamento político efetivo.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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