O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sinaliza que sua candidatura à Presidência da República está mais distante, e já expressou a aliados que o objetivo principal é tentar a reeleição ao governo estadual. A mudança de rumo ocorre após polêmicas recentes em que Tarcísio defendeu a anistia de Jair Bolsonaro (PL) e enfrentou críticas de figuras vinculadas ao ex-presidente.
Nas últimas semanas, o governador voltou a se concentrar em temas referentes a São Paulo, numa tentativa de recuperar apoio enfraquecido em meio a embates políticos e discussões econômicas que afetaram o Estado. Entre os episódios que impactaram sua imagem está o anúncio do aumento tarifário promovido pelo governo dos Estados Unidos, iniciativa articulada por Eduardo Bolsonaro, que afetou setores empresariais paulistas.
Além disso, Tarcísio dividiu opiniões ao criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao julgamento que condenou Jair Bolsonaro, postura que, segundo relatos de aliados, o aproximou do discurso da extrema-direita, causando desgaste político. Essa aproximação teria contribuído para a perda de espaço eleitoral dentro de São Paulo.
O governador também se tornou alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Eduardo Bolsonaro, o que aumentou o isolamento político na disputa presidencial. Diante desse cenário, outras candidaturas ao Palácio do Planalto ganharam espaço, especialmente a do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), que, com o apoio de lideranças do PSD, ampliou sua articulação nacional.
Gilberto Kassab, presidente do PSD e secretário no governo paulista, tem acompanhado de perto a situação de Tarcísio, mas admite que a possibilidade de apoio do partido ao governador paulista diminui, abrindo caminho para Ratinho Júnior ascender como opção nas eleições de 2026. Na última segunda-feira, um jantar em São Paulo reuniu Ratinho Júnior, empresários e lideranças políticas para reforçar essa movimentação.
Nesta segunda-feira (29), Tarcísio deve se reunir com Jair Bolsonaro em Brasília, encontro autorizado pelo STF. Os dois vão discutir estratégias para as eleições de 2026, enquanto o ex-presidente ainda não manifesta intenção de indicar um sucessor oficialmente. Paralelamente, declarações recentes de Eduardo e Michelle Bolsonaro indicam que eles podem se colocar como alternativas para a candidatura do grupo político.
Enquanto isso, o PT articula incluir em suas inserções de TV uma associação entre Tarcísio, a anistia proposta a Bolsonaro e o tarifaço que afetou setores produtivos em São Paulo, numa tentativa de desgastá-lo eleitoralmente. Essa estratégia amplia a pressão política sobre o governador e seu partido no Estado.
Assim, mesmo com esforços para manter protagonismo no cenário estadual, Tarcísio de Freitas enfrenta desafios crescentes para consolidar sua candidatura presidencial, enquanto outras lideranças começam a ganhar espaço no debate político nacional.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com
