Donald Trump mostra queda na aprovação da economia

Donald Trump mostra queda na aprovação da economia e intensifica foco em segurança pública, fronteiras e imigração para manter apoio. A avaliação ocorre em meio a pesquisas recentes conduzidas pela Associated Press (AP) e pelo Centro NORC de Pesquisas sobre Assuntos Públicos, que indicam mudanças no perfil de aprovação do presidente republicano em seu segundo mandato.

A confiança do público na gestão econômica de Trump apresentou redução, principalmente entre eleitores independentes, grupo que tem demonstrado maior ceticismo. Atualmente, apenas 37% dos adultos nos Estados Unidos aprovam a forma como Trump lida com a economia, uma queda em relação aos 43% registrados em agosto.

Os índices indicam que a economia, apesar de ter sido um dos temas centrais para Trump durante a campanha que o elegeu, agora é uma das áreas mais frágeis em sua avaliação pública. Entre independentes, a aprovação na área econômica cai para cerca de 20%, substancialmente inferior aos números obtidos em segurança nas fronteiras e combate ao crime.

Em contraposição, o presidente tem obtido maior aprovação na condução das políticas de segurança pública e controle da imigração. A maioria dos americanos aprova sua abordagem em segurança nas fronteiras, que se tornou um ponto forte no segundo mandato, diferentemente do primeiro, quando sua aprovação nesse tema era menor, com cerca de 40% de apoio em 2019.

A aprovação relativa à imigração caiu um pouco, de aproximadamente 50% em março para 43% na pesquisa mais recente, mas permanece acima da média geral. Trump tem implementado ações rigorosas para deportar imigrantes em situação ilegal, movimento que cerca de metade dos americanos considera excessivo.

No combate ao crime, houve também um declínio na aprovação, de 53% em agosto para 46% na última medição, ainda assim superior à aprovação geral do presidente. Entre independentes, cerca de 40% apoiam suas políticas de combate à criminalidade, enquanto apenas 25% aprovam sua presidência no geral.

Outros temas apresentam resultados menos favoráveis para Trump. As negociações comerciais e a gestão da área da saúde registram as piores avaliações, mesmo entre seus apoiadores republicanos, com apenas cerca de 70% de aprovação nesses segmentos. No cenário nacional, cerca de um terço dos adultos aprova sua atuação nessas áreas, mantendo índices baixos como no primeiro mandato.

No setor de comércio exterior, aproximadamente 60% dos americanos acreditam que Trump “foi longe demais” na imposição de tarifas comerciais, incluindo maioria dos democratas, muitos independentes e uma parte dos republicanos. Poucos apoiadores desejam que ele adote medidas ainda mais rígidas.

Em relação à política externa, especificamente no conflito entre Israel e Palestina, a aprovação do presidente também apresentou recuo. Cerca de 37% aprovam sua atuação, contra 44% em março. Entre republicanos, o índice caiu de 82% para 72%, enquanto entre democratas a aprovação diminuiu de 14% para 9%.

De modo geral, a aprovação total de Trump teve pouca variação no segundo mandato, mantendo-se ao redor de 39% em junho, conforme dados da pesquisa AP-NORC. Tal estabilidade é similar ao padrão observado no primeiro mandato, quando sua aprovação oscilava dentro de uma faixa estreita.

A mudança do foco principal do presidente, da economia para segurança pública, fronteiras e imigração, reflete uma estratégia para manter apoio diante de dificuldades em temas econômicos. Essa mudança ocorre enquanto Trump continua a enfrentar resistência em áreas-chave de sua gestão.

Enquanto isso, durante evento na Organização das Nações Unidas (ONU), uma foto divulgada capturou Trump assistindo a um discurso do presidente brasileiro Lula, evidenciando um momento de atenção internacional em meio às discussões globais.

Esses indicadores mostram um cenário de avaliação segmentada da presidência de Donald Trump, em que questões de segurança e imigração sustentam parte do apoio público, ao passo que a economia e outros setores enfrentam maiores desafios de aceitação entre os eleitores americanos.

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Fonte: g1.globo.com