O presidente da França, Emmanuel Macron, alertou sobre o “risco de que se imponha a lei do mais forte” e o “egoísmo de alguns” durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (23), em Nova York. Ele defendeu um multilateralismo eficaz como caminho para a cooperação internacional diante dos desafios globais.
Macron criticou diretamente o governo de Vladimir Putin, reafirmando o apoio francês à Ucrânia e destacando que a agressão russa não é um problema restrito à Europa. Ele lembrou que a Rússia tem causado desestabilizações em outras regiões recentemente e reforçou a necessidade de resposta coletiva a essas ações.
Durante cerca de 30 minutos de fala, Macron posicionou-se em oposição a algumas políticas defendidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Enquanto Trump utilizou seu discurso para questionar a relevância da ONU, Macron chamou a organização de “tesouro” e ressaltou que o antijogo de certos atores dificulta a eficácia coletiva da entidade.
O francês ressaltou que é necessário trabalhar junto para restabelecer um multilateralismo que seja ao mesmo tempo inclusivo e produtivo. Ele advertiu que ações unilaterais e interesses egoístas minam os esforços comuns em temas internacionais cruciais.
Macron também abordou as questões nucleares, mencionando o Irã e a possibilidade de reimplantar sanções caso o país não avance no caminho da paz e da estabilidade. O presidente francês confirmou que se encontrará com o líder iraniano Masoud Pezeshkian nesta quarta-feira (24) para tratar desses assuntos e destacou a importância de permitir que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) execute seu trabalho de fiscalização.
No campo econômico, Macron defendeu que não se deve criar uma divisão entre os países do G7 e o grupo dos BRICS, formado por economias emergentes como Brasil, China, Índia e Rússia, entre outros. Ele alertou contra a adoção de abordagens que coloquem esses blocos em oposição, ressaltando a necessidade de cooperação para enfrentar os desafios globais relacionados ao crescimento e à estabilidade econômica.
O discurso de Macron destacou ainda a importância de superar rivalidades e fortalecer o diálogo multilateral, como forma de evitar que a “lei do mais forte” prevaleça nas relações internacionais. A França reafirmou seu compromisso com a defesa dos princípios que regem a ONU e a busca por soluções coletivas para crises globais.
O presidente francês concluiu seu pronunciamento fazendo um apelo para que os países trabalhem juntos em prol da paz, da segurança e do desenvolvimento sustentável, mantendo a relevância do sistema multilateral frente a questões complexas como conflitos armados, crises energéticas e desafios econômicos.
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Fonte: g1.globo.com
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