O dólar abriu a sessão desta terça-feira (23) com atenção

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O dólar abriu a sessão desta terça-feira (23) com atenção à ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada antes da abertura dos mercados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou o debate na Assembleia Geral da ONU em Nova York, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abriu às 10h.

Na ata publicada, o Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano, indicando que os juros deverão permanecer elevados por um período prolongado para conter a inflação. A instituição destacou o impacto positivo da desvalorização do dólar no controle dos preços, mas apontou que as projeções inflacionárias para os próximos anos seguem acima da meta.

O documento também ressaltou que a inflação de serviços permanece resistente devido a um mercado de trabalho dinâmico e à moderação gradual da atividade econômica. O Banco Central defendeu a necessidade de desaceleração da economia para garantir a estabilidade dos preços.

Nos Estados Unidos, investidores acompanham uma série de pronunciamentos do Federal Reserve ao longo do dia, com destaque para o presidente Jerome Powell, que fala às 13h45. A agenda também inclui dados econômicos importantes, como os índices de desempenho da indústria e do setor de serviços referentes a setembro, divulgados às 10h45.

Em Nova York, Lula abriu a sessão da Assembleia Geral da ONU e deve apresentar um contraponto às posições do ex-presidente dos EUA Donald Trump, atualmente alinhado à imposição de sobretaxas de 50% sobre produtos brasileiros. Não está previsto encontro oficial entre os dois, mas há expectativa de diálogo informal.

A situação entre Brasil e EUA se agravou recentemente com novas sanções impostas pelo governo norte-americano a brasileiros ligados ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao governo federal. As medidas são vistas como retaliação à decisão do STF que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Entre os sancionados está Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, além de outras autoridades que tiveram vistos revogados.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que novas sanções podem ser aplicadas a outras pessoas caso seja necessário e alertou instituições financeiras brasileiras a evitarem relações com indivíduos sancionados.

No mercado internacional, as bolsas de Wall Street fecharam em alta na segunda-feira (22), apesar das incertezas sobre as novas políticas de vistos do governo Trump, que afetam setores que dependem de trabalhadores estrangeiros, como tecnologia. O Dow Jones subiu 0,14%, o S&P 500 avançou 0,44%, e o Nasdaq Composite ganhou 0,70%.

Na Europa, os índices encerraram o dia sem direção definida, pressionados por preocupações com as políticas americanas de vistos e pelo desempenho abaixo do esperado de grandes empresas como Porsche e Volkswagen. O STOXX 600 recuou 0,13%, o DAX da Alemanha perdeu 0,48%, e o CAC 40 da França caiu 0,30%. O FTSE 100 do Reino Unido foi exceção, com alta de 0,11%.

Na Ásia, os mercados tiveram resultados mistos. A China registrou alta nos índices de Xangai (0,22%) e CSI300 (0,46%), impulsionados por sinais de avanços nas negociações comerciais com os EUA. O Nikkei, em Tóquio, subiu 0,99%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong caiu 0,76%. Outros índices regionais mostraram variações positivas moderadas, exceto Singapura, que teve leve queda.

No Brasil, o dólar acumulou alta semanal de 0,33%, queda de 1,55% no mês e retração de 13,63% no ano. O Ibovespa registra perdas de 0,51% na semana, avanço de 2,61% no mês e ganhos de 20,65% em 2024.

A combinação dos fatores locais e internacionais deve continuar impactando a volatilidade do mercado cambial e a dinâmica da bolsa de valores nas próximas sessões.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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