O cantor e guitarrista Toninho Crespo morreu nesta

O cantor e guitarrista Toninho Crespo morreu nesta segunda-feira (22), em São Paulo, aos 70 anos. Reconhecido por sua contribuição ao samba-rock, soul e rap paulistano, ele foi uma referência da cena black da cidade e militante pelos direitos iguais.

Nascido Antonio Rodrigues Filho em 9 de junho de 1955 na zona leste de São Paulo, Toninho Crespo acumulou mais de 40 anos de carreira e deixou 74 músicas autorais gravadas. Em 1992, formou a banda Julaê, que realizou shows pela capital paulista na década de 1990.

Paralelamente, desenvolveu uma obra solo que transitou por diferentes gêneros musicais. Entre seus álbuns estão *Toque de amor* (2004), com influências de reggae, *Estilo samba rock* (2009), *Bossa loca* (2016), dedicado ao jazz latino, e o disco *Samba soul* (2019), um híbrido de ritmos.

Além de cantor e compositor, Crespo era guitarrista requisitado no rap de São Paulo. Colaborou com nomes como Racionais MC’s, Thaíde & DJ Hum, Rappin’ Hood, 509-E, RZO e Guerreiros de Zumbi, consolidando sua guitarra como parte do cenário hip hop local.

Toninho Crespo iniciou sua trajetória musical aos 13 anos, quando se envolveu com o movimento Black Power na capital paulista e adotou o penteado característico. Compositor desde os 14, participou de festivais estudantis e programas de calouros antes de conquistar espaço profissionalmente.

Em fevereiro deste ano, ele comemorou em rede social a proximidade dos 70 anos e seu compromisso com a música e a luta por direitos iguais. Seu trabalho refletiu sua vivência e engajamento na cultura e na história do povo negro paulistano.

Além da extensa discografia, Toninho Crespo preparava um disco inédito de blues, previsto para ser lançado em breve. Sua morte marca o fim de uma trajetória que influenciou a música black e o rap em São Paulo, deixando um legado a ser reconhecido.

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Fonte: g1.globo.com