Economia

Bernard arnault critica imposto de 2% para super

Bernard arnault critica imposto de 2% para super
  • Publishedsetembro 22, 2025

Bernard Arnault, presidente do grupo de luxo LVMH e homem mais rico da França, criticou publicamente uma proposta de imposto de 2% sobre fortunas acima de 100 milhões de euros, classificada por ele como um ataque à economia francesa. A declaração foi dada em entrevista ao jornal britânico Sunday Times, em meio a debates políticos que ganham força no país.

O imposto é discutido no contexto do orçamento francês para 2026, com pressão do Partido Socialista para que o primeiro-ministro Sébastien Lecornu o inclua na proposta. Caso não o faça, Lecornu corre o risco de enfrentar um voto de confiança que poderia derrubar seu governo.

Arnault acusou o economista Gabriel Zucman, responsável pela proposta, de ser um “ideólogo de extrema esquerda” e utilizador de “competência pseudoacadêmica” para promover uma agenda que, segundo ele, visa destruir o sistema econômico liberal vigente. O empresário afirmou que o debate ultrapassa a esfera técnica ou econômica e tem a intenção clara de desmantelar a economia francesa.

Por sua vez, Zucman, professor na École Normale Supérieure da França e na Universidade da Califórnia, em Berkeley, rejeitou as acusações e declarou que nunca foi ativista de qualquer movimento ou partido político. Ele ressaltou que sua pesquisa é guiada por dados e estudos científicos, e não por ideologias.

A proposta de imposto tem como objetivo taxar fortunas consideradas extraordinárias, em especial aquelas superiores a 100 milhões de euros, para reduzir a desigualdade fiscal. Recentemente, Zucman apresentou estudos e argumentos em meio à imprensa francesa, mostrando que os ultrarricos pagam proporcionalmente menos impostos do que outras parcelas da população, criando uma lacuna fiscal.

O tema do imposto para super-ricos tem amplo apoio na população francesa. Pesquisa realizada pelo instituto Ifop, encomendada pelo Partido Socialista em junho de 2024, indicou que 86% dos entrevistados apoiam a medida.

Bernard Arnault acumula sua fortuna principalmente por meio do grupo LVMH, líder mundial no setor de bens de luxo, que reúne marcas como Louis Vuitton, Dior e Moët Hennessy. A trajetória empresarial e os ativos do grupo permitiram que Arnault se tornasse o homem mais rico da França.

A discussão sobre o imposto para super-ricos integra um debate maior sobre justiça fiscal e redistribuição de renda no país, em um momento de desafios econômicos e sociais. A decisão do governo francês sobre a inclusão do imposto no orçamento de 2026 deve influenciar o cenário político e econômico nacional nos próximos meses.

Palavras-chave: Bernard Arnault, imposto sobre super-ricos, Gabriel Zucman, LVMH, economia francesa, orçamento 2026, política fiscal França, partido socialista França, riqueza na França, desigualdade fiscal.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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