Uma exibição do filme “Demon Slayer: Castelo Infinito” em um shopping da Zona Leste de São Paulo, em 13 de setembro, foi interrompida após famílias tentarem entrar com crianças em uma sessão com classificação indicativa de 18 anos, o que provocou tumulto e acionamento da Polícia Militar (PM). A sessão foi paralisada para garantir o cumprimento das regras de classificação indicativa, que visam proteger crianças e adolescentes de conteúdos inadequados.
A classificação indicativa de filmes é definida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, considerando três eixos principais: sexo e nudez, drogas e violência. Desde 2022, as produtoras podem realizar um processo de autoclassificação. O objetivo das classificações não é censura, mas informar previamente aos responsáveis para que façam a escolha adequada.
As categorias variam de livre a 18 anos, com restrições crescentes em relação ao conteúdo permitido em cada faixa. Por exemplo, filmes classificados como 18 anos podem conter apologia à violência e ao uso de drogas ilícitas, além de cenas de sexo explícito e violência extrema. No caso de “Demon Slayer: Castelo Infinito”, a classificação para maiores de 18 anos foi determinada devido à presença de temas sensíveis, medo e violência extrema.
De acordo com a rede Cinemark, clientes de 16 e 17 anos podem assistir a filmes 18 anos desde que estejam acompanhados por responsáveis ou apresentem autorização formal. No entanto, crianças com 15 anos ou menos não têm permissão para assistir, mesmo que estejam acompanhadas pelos pais ou responsáveis. A política busca cumprir as determinações legais para proteção do público jovem.
No caso ocorrido em São Paulo, uma mãe tentou entrar na sala com dois filhos menores do que a idade permitida para a sessão. Funcionários do cinema solicitaram que as crianças deixassem a sala, mas uma das famílias se recusou, gerando um conflito que atrasou a exibição do filme em cerca de uma hora. Diante da resistência, o cinema acionou a PM, que enviou quatro policiais militares para controlar a situação.
A rede Cinemark informou que a família tentou entrar sem autorização e que outras duas famílias acompanharam o ato. Após o pedido de remoção e a recusa das famílias, a sessão foi interrompida e a polícia foi chamada tanto por funcionários quanto pelas próprias famílias envolvidas. Posteriormente, os clientes saíram do local e a sessão pôde ser reestabelecida.
A mãe envolvida no caso registrou boletim de ocorrência alegando que não havia informação sobre a classificação indicativa no momento da compra dos ingressos. A Polícia Civil afirmou que o representante do cinema será intimado para prestar esclarecimentos e que diligências estão em andamento para apurar o ocorrido.
Em nota, a Cinemark afirmou que divulga amplamente as regras de classificação indicativa em seus canais digitais e locais físicos. A rede ressaltou que o objetivo é cumprir as determinações legais e proteger o público. As famílias que participaram do episódio receberam reembolso e a empresa lamentou o transtorno causado aos demais espectadores que assistiam ao filme dentro das normas.
“Demon Slayer” é uma franquia japonesa que teve início como mangá entre 2016 e 2020 e virou fenômeno mundial com animações e filmes. A história acompanha Tanjiro Kamado, um jovem que busca salvar sua irmã transformada em demônio e vingar sua família, enfrentando diversos perigos em um Japão da Era Taisho. O anime já produziu vários filmes e temporadas, sendo uma das franquias mais populares da cultura pop japonesa.
O episódio no cinema de São Paulo reforça a necessidade de respeito às regras de classificação indicativa, destinadas a informar e proteger o público em relação aos conteúdos exibidos, principalmente para menores de idade.
—
Palavras-chave para SEO: classificação indicativa, Demon Slayer, cinema São Paulo, filme +18, Polícia Militar, Cinemark, filme para maiores de idade, anime, segurança infantil, regulamentação audiovisual.
Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com