O dólar abriu a sessão desta quinta-feira (18) em meio à reação dos investidores ao corte de juros nos Estados Unidos e à manutenção da taxa Selic no Brasil. A decisão conjunta dos bancos centrais teve impacto direto nos índices das bolsas e na valorização da moeda americana.
Na véspera, o Federal Reserve (Fed) reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, o primeiro corte dos EUA neste ano. O banco central americano também indicou a possibilidade de mais dois cortes até o fim de 2024. Por outro lado, o Banco Central brasileiro decidiu manter a Selic em 15% ao ano após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em novo recorde, alcançando 145.594 pontos pela terceira vez consecutiva e superando a marca histórica de 146 mil pontos pela primeira vez. O dólar encerrou o dia com leve queda, cotado a R$ 5,3012. Nesta manhã, os investidores aguardam o desempenho da bolsa e a reação do dólar às medidas anunciadas.
O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que os riscos de inflação no curto prazo estão em alta, enquanto o mercado de trabalho apresenta desaquecimento. Segundo Powell, a criação recente de empregos está abaixo do necessário para manter a taxa de desemprego estável. O banco central americano pretende analisar sua política monetária reunião após reunião, considerando o cenário econômico.
Powell também comentou sobre o impacto das tarifas implementadas na gestão anterior, afirmando que os custos foram absorvidos principalmente por empresas em posições intermediárias nas cadeias de suprimentos. O corte de juros ocorreu em meio a pressões do presidente Donald Trump, que tentou influenciar o Fed e promover a demissão inédita de uma diretora da instituição, Lisa Cook. A ação foi suspensa pela Justiça dos EUA.
No mercado internacional, as bolsas de Wall Street reagiram positivamente à decisão, com futuros dos índices S&P 500, Nasdaq 100 e Dow Jones em alta. O corte de juros reduziu os custos de crédito e impulsionou principalmente ações de tecnologia. As bolsas europeias também abriram com valorização em Londres, Frankfurt, Paris e Milão. Na Ásia, os mercados apresentaram desempenho misto, com queda nos índices de Xangai, CSI300 e Hang Seng, e alta em Tóquio e Seul.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho divulgará os pedidos semanais de seguro-desemprego, com expectativa de redução em relação à semana anterior, sugerindo possível recuperação no mercado de trabalho.
No Brasil, o foco permanece na manutenção da Selic, com investidores atentos aos próximos comunicados do Banco Central que podem indicar direções futuras da política monetária. O índice Ibovespa acumulou alta de 2,34% na semana e de 21,04% no ano, enquanto o dólar acumulou queda de 0,98% na semana e de 14,22% desde janeiro.
A reação dos mercados reflete a adaptação às recentes decisões de política monetária e sinaliza atenção contínua aos dados econômicos globais e domésticos.
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Fonte: g1.globo.com
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