A rede americana ABC anunciou nesta quarta-feira (17) o cancelamento por tempo indeterminado do programa “Jimmy Kimmel Live!” após comentários feitos pelo apresentador sobre o acusado do assassinato do ativista conservador Charlie Kirk. O episódio ocorreu nos Estados Unidos e desencadeou um debate sobre censura e liberdade de expressão.
Na segunda-feira (15), durante o monólogo, Jimmy Kimmel sugeriu que o acusado, Tyler Robinson, seria um republicano pró-Trump. Ele afirmou que apoiadores do movimento MAGA tentam distorcer o perfil do responsável pelo crime para fins políticos. O caso provocou reação imediata de diversas personalidades do entretenimento.
O ator e diretor Ben Stiller compartilhou a notícia em sua rede social X, afirmando que “isto não está certo”. A atriz Jean Smart, pelo Instagram, manifestou estar “horrorizada” com o cancelamento, destacando que considera o comentário de Kimmel como exercício de liberdade de expressão e não discurso de ódio.
Wanda Sykes atribuiu o cancelamento a “reclamações do governo Trump” em um vídeo publicado no Instagram. Ela criticou o período presidencial por não ter solucionado questões internacionais e, ao mesmo tempo, ter impactado a liberdade de expressão no país.
O humorista Mike Birbiglia usou o Instagram para defender Kimmel e ressaltou a importância de se posicionar contra o cancelamento do programa. Segundo ele, a ação contra o talk-show ameaça a liberdade de expressão dos comediantes nos Estados Unidos.
Sophia Bush publicou no X que a Primeira Emenda estaria em risco e classificou a situação como um avanço do fascismo no país. Kathy Griffin também pediu apoio a Jimmy Kimmel em uma postagem no Bluesky, ressaltando a influência econômica das audiências sobre as decisões das emissoras.
O músico John Legend compartilhou no Instagram uma declaração do comentarista político David Frum, que criticou as ameaças de retaliação feitas por indicados políticos contra redes de televisão, caso comediantes não sigam suas linhas ideológicas.
O comentarista político Chris Hayes qualificou o cancelamento como o ataque mais direto à liberdade de expressão por agentes estatais em sua vida. Ele destacou a gravidade do caso em relação a episódios anteriores de censura.
A retirada do ar do programa levou a um intenso debate público sobre os limites da liberdade de expressão e o papel da influência política em decisões editoriais nas mídias americanas. A ABC não informou quando o talk-show voltará a ser exibido.
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Fonte: g1.globo.com
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