Economia

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
  • Publishedsetembro 17, 2025

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil se reúne nesta quarta-feira (17) para definir a taxa básica de juros da economia, a Selic, que deve ser mantida em 15% ao ano, nível vigente desde 2023. A decisão tem como objetivo controlar a inflação e será divulgada após as 18h, conforme expectativas do mercado financeiro.

A taxa Selic está no maior patamar dos últimos 20 anos, posicionada como o principal instrumento do Banco Central para conter pressões inflacionárias, especialmente entre as parcelas mais vulneráveis da população. Economistas apostam na estabilidade desse índice ao menos até 2026, quando a redução das taxas deve começar, segundo projeções atuais.

O Itaú Unibanco indicou que a inflação atual trouxe alívio, mas as expectativas ainda permanecem acima da meta oficial. O banco mantém a previsão de início do ciclo de cortes nos juros apenas no primeiro trimestre de 2026, ressaltando que um cenário de valorização da moeda brasileira ou desaceleração econômica pode antecipar essa redução para 2025.

Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), destacou que os desafios fiscais do país impactam o controle da inflação e dificultam a queda dos juros. Ele defendeu um esforço coordenado do setor público para equilibrar as contas e reduzir déficits, visando evitar a persistência de juros elevados que comprometem o crescimento econômico.

A taxa de desemprego recuou para 5,6% no trimestre encerrado em julho, alcançando o menor nível da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse dado reflete a conjuntura econômica atual, que indica uma moderação no ritmo do crescimento.

O Banco Central adota o sistema de metas para definir a taxa de juros. Caso as projeções de inflação estejam dentro do intervalo estabelecido, há espaço para reduzir os juros; se estiverem acima, o Copom tende a manter ou elevar a Selic. O sistema de meta contínua, iniciado em 2025, considera cumprido o objetivo de inflação de 3% se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Desde junho, a inflação acumulada ultrapassa a meta há seis meses consecutivos, o que levou o Banco Central a divulgar uma carta pública explicando as causas. O BC prioriza as projeções futuras de inflação, pois as mudanças na taxa Selic demoram entre seis e 18 meses para surtir efeito pleno na economia. Atualmente, o foco está na meta para o primeiro trimestre de 2027.

As projeções do mercado indicam inflação oficial de 4,83% para 2025, 4,30% para 2026, 3,9% para 2027 e 3,7% para 2028, mantendo-se acima do centro da meta, que é de 3%.

O Banco Central também sinaliza que a desaceleração econômica é parte da estratégia para conter a inflação. Na ata da última reunião do Copom, divulgada em agosto, foi informado que o “hiato do produto” permanece positivo, o que demonstra que a economia opera acima do seu potencial, sem pressionar diretamente os preços.

O BC apontou que os juros elevados já colaboram para a desaceleração da atividade econômica e que o impacto na geração de empregos pode se intensificar nos próximos meses. A conjuntura mostra uma certa moderação no crescimento, com dados contraditórios entre setores e indicadores.

O Copom reiterou que o cenário externo permanece incerto e adverso, influenciando as decisões do Banco Central sobre a política monetária para os próximos períodos.

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Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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