A Espanha votou nesta terça-feira (16) para se retirar da edição de 2026 do festival Eurovision, prevista para maio em Viena, caso Israel participe do evento. A decisão foi tomada em meio a uma pressão crescente de países que ameaçam boicotar o festival por questões políticas relacionadas à presença de Israel.
A votação ocorreu no conselho da emissora espanhola RTVE, presidido por José Pablo López, e teve 10 votos a favor, quatro contra e uma abstenção entre os 15 membros. A Espanha é o primeiro país do grupo conhecido como “Cinco Grandes” a ameaçar o boicote. Esses países – Reino Unido, Alemanha, Itália, França e Espanha – têm vaga garantida diretamente na final do Eurovision.
Antes da Espanha, outros países como Holanda, Eslovênia, Islândia e Irlanda já se manifestaram contra a participação de Israel no festival. A controvérsia surge em meio ao conflito na Faixa de Gaza, que afeta a percepção de neutralidade do evento musical.
O Eurovision é organizado pela União Europeia de Radiodifusão (UER), que reforça a independência e a neutralidade política do concurso. Mesmo assim, a edição de 2025 enfrentou reclamações de vários países contra a participação israelense.
Em 2024, o cantor austríaco JJ venceu a competição com a música “Wasted Love”. Ele também expressou apoio à exclusão de Israel do festival em 2026. A participação de Israel, por sua vez, gerou debates intensos entre organizadores, artistas e emissoras públicas.
A decisão da Espanha pode impactar o formato e a audiência do Eurovision no próximo ano, especialmente porque o país é um dos principais participantes do evento. O boicote em massa representaria um desafio para a UER manter a integridade do concurso em meio a tensões políticas.
O Eurovision continuará sob monitoramento das emissoras e da UER, que deverão definir nos próximos meses se as ameaças de boicote se confirmam e como será a condução do festival em Viena.
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Fonte: g1.globo.com
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