O ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, negou nesta terça-feira que o atraso na liberação de vistos para integrantes da delegação brasileira na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, representará um impasse. A declaração foi dada um semana antes do evento, que ocorre na sede da Organização das Nações Unidas, nos Estados Unidos.
Mauro Vieira afirmou que o atraso não será um problema e destacou que alguns vistos já foram liberados. Ele ressaltou que os Estados Unidos, como país-sede da ONU, têm o compromisso de conceder os vistos necessários aos representantes oficiais. A informação foi divulgada após a assinatura do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA).
Parte da delegação brasileira ainda não possui visto para entrar nos Estados Unidos, mas o governo brasileiro não confirmou quantos integrantes estão aguardando a liberação. O visto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está regularizado.
O acordo assinado entre o Mercosul e a EFTA é composto pela Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. Ele prevê a eliminação de 100% das tarifas de importação sobre produtos industriais e pesqueiros. O Brasil garantirá quase 99% das exportações ao bloco com livre acesso, enquanto o país liberalizará 97% do comércio bilateral, mantendo margens de proteção para setores considerados sensíveis.
Entre os termos do acordo, foram incluídas cláusulas que excluem compras relacionadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e mantêm flexibilidade para encomendas tecnológicas e políticas de compras governamentais, beneficiando a indústria nacional.
Além disso, o texto abrange medidas para eliminar barreiras técnicas e sanitárias, além de facilitar o comércio entre os blocos. Essas medidas devem promover maior transparência e previsibilidade nas relações comerciais.
Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério da Economia, afirmou que o acordo ampliará oportunidades em diversos setores da economia brasileira, do agronegócio à indústria de transformação. Segundo ela, o pacto reforça o compromisso do Brasil com um comércio internacional baseado em regras e contribui para que o país se torne mais integrado e competitivo.
A assinatura do acordo busca fortalecer as relações comerciais entre o Mercosul e os países da EFTA, trazendo benefícios econômicos e maior abertura de mercados para exportadores brasileiros. O entendimento entre os blocos também reflete a estratégia do governo brasileiro em diversificar parcerias internacionais e incentivar o crescimento econômico.
Em relação aos vistos para a Assembleia Geral da ONU, o Itamaraty permanece otimista de que todas as liberações ocorrerão a tempo da participação oficial do Brasil no evento. A pauta da Assembleia reunirá representantes de diversos países para discussão de temas globais e estratégicos para a diplomacia internacional.
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Fonte: g1.globo.com
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