O funcionamento correto de um veículo depende da

O funcionamento correto de um veículo depende da manutenção regular e do uso do óleo lubrificante adequado ao motor, sobretudo para evitar danos como o rompimento da correia banhada a óleo. No Brasil, a escolha entre óleo mineral, semissintético ou sintético pode influenciar diretamente no desempenho e na durabilidade do motor, conforme recomendação dos fabricantes e especialistas do setor.

Existem três tipos principais de óleo: mineral, semissintético e sintético. O óleo mineral é indicado para carros mais antigos, tem menor tecnologia na formulação e precisa ser trocado com mais frequência. Já o semissintético combina características dos dois primeiros, oferecendo performance intermediária a um custo menor que o sintético, que é o mais avançado e utilizado em veículos modernos para otimizar o desempenho, proteger as peças internas e reduzir o consumo de combustível.

A troca do óleo deve seguir as orientações do manual do proprietário. Em geral, a substituição ocorre a cada 10 mil quilômetros ou 12 meses, com variações dependendo das condições de uso do veículo, como tráfego intenso, trajetos curtos ou uso em ambientes com poeira. Para motos, os intervalos são menores; por exemplo, a Honda CG 160 recomenda troca a cada 6 mil quilômetros ou 12 meses.

A viscosidade do óleo, indicada por números e letras como 0W30 ou 20W50, é uma especificação técnica importante definida pelo fabricante para garantir a lubrificação adequada em diferentes temperaturas. Usar óleo com viscosidade diferente da recomendada pode causar desgaste precoce ou dificultar o funcionamento do motor.

Especialistas alertam que não se deve misturar tipos diferentes de óleo. A mistura pode comprometer a eficácia dos aditivos presentes nos lubrificantes, como antioxidantes e detergentes, causando desgaste e formação de resíduos, o que afeta a durabilidade do motor. Em casos de emergência, é permitido completar o nível do óleo com outra especificação aprovada, mas a troca completa deve ser realizada o quanto antes.

Muitos consumidores acreditam que, com o tempo, o óleo deve ser mais viscoso para compensar o desgaste do motor, mas especialistas afirmam que essa prática é equivocada. A troca do tipo de óleo durante a vida útil do motor pode reduzir a eficiência e causar problemas mecânicos. Os veículos modernos exigem o uso de óleo sintético, independentemente da idade ou quilometragem do motor.

O preço do óleo não é necessariamente indicativo de qualidade ou adequação ao veículo. A escolha deve considerar a tecnologia empregada na formulação e se o produto atende às especificações técnicas definidas pelo fabricante do automóvel.

A utilização correta do óleo é fundamental para a durabilidade da correia dentada banhada a óleo, presente em muitos motores modernos. O lubrificante inadequado pode causar corrosão, desgaste acelerado e até o rompimento da correia, o que acarreta danos graves ao motor e custos elevados de reparo.

Problemas causados por óleo incorreto incluem formação de borras, aumento do desgaste das peças internas, superaquecimento e risco de fundição do motor. Além disso, o uso impróprio do óleo pode aumentar a emissão de poluentes, afetando o meio ambiente.

Portanto, é essencial consultar o manual do veículo para escolher o óleo recomendado, respeitando as especificações técnicas e o intervalo de troca. Seguir essas orientações previne falhas e prolonga a vida útil do motor, evitando despesas inesperadas e garantindo a segurança do trânsito.

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Fonte: g1.globo.com