Funcionários são demitidos nos eua após postagens sobre assa

O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, cobrou punições para funcionários que celebraram o assassinato do influenciador conservador Charlie Kirk em postagens nas redes sociais. As manifestações ocorreram nos dias seguintes ao ataque, que aconteceu na última quarta-feira (10), durante um debate na Universidade de Utah Valley.
Vance fez o apelo durante a apresentação de um episódio do podcast Charlie Kirk Show, na segunda-feira (15). Ele pediu que empregadores sejam notificados sobre comportamentos inapropriados e ressaltou a importância da civilidade, mesmo em meio a discordâncias políticas.
Diversos profissionais foram afastados ou demitidos após compartilharem mensagens consideradas ofensivas ou celebratórias em relação à morte de Kirk, incluindo pilotos, médicos, professores e até um funcionário do Serviço Secreto dos EUA. Anthony Pough, agente do Serviço Secreto, teve sua autorização de segurança revogada após comentários no Facebook que acusavam Kirk de promover ódio e racismo.
O diretor do Serviço Secreto, Sean Curran, emitiu um memorando informando que os membros da equipe não devem contribuir para a escalada da violência política, mas atuar para conter o problema.
Além do setor público, empresas privadas também agiram. A rede Office Depot demitiu funcionários de uma loja em Michigan depois que um vídeo em que eles recusavam imprimir cartazes para uma vigília religiosa viralizou. A empresa classificou a atitude como violação das políticas internas.
Professores e jornalistas enfrentam consequências semelhantes. A Universidade Clemson, na Carolina do Sul, demitiu um funcionário e suspendeu dois professores devido a postagens consideradas inadequadas em relação ao caso. A jornalista Karen Attiah relatou ter sido demitida do Washington Post após publicações sobre o assassinato no site de mídias sociais Bluesky.
As repercussões alcançaram também o Canadá, onde a professora Ruth Marshall, da Universidade de Toronto, foi afastada após mensagens que sugeriam violência contra opositores políticos.
Especialistas em direito do trabalho explicam que, nos Estados Unidos, empregadores privados têm ampla liberdade para rescindir contratos de trabalho por postagens feitas nas redes sociais, pois a proteção à liberdade de expressão prevista na Constituição se aplica principalmente ao poder público, e não a relações privadas de emprego.
Risa Lieberwitz, do Worker Institute da Universidade Cornell, observa que a situação é reflexo do clima político atualmente polarizado no país, com receios sobre retaliações políticas associadas ao governo Trump.
Por outro lado, entidades como a Associação Americana de Professores Universitários alertam para a necessidade de proteger a liberdade acadêmica e evitar censura sob pressão política.
A corrente de demissões tem levantado debates sobre os limites da liberdade de expressão e as responsabilidades dos empregadores diante de manifestações que envolvem violência e intolerância política.
O episódio reforça a tensão crescente nos Estados Unidos sobre o impacto das redes sociais no mercado de trabalho e na esfera pública, especialmente em temas polêmicos e de alto impacto político.
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Fonte: g1.globo.com
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