Economia

Em agosto, a Petrobras aprovou o retorno ao

Em agosto, a Petrobras aprovou o retorno ao
  • Publishedsetembro 16, 2025

Em agosto, a Petrobras aprovou o retorno ao mercado de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, visando integrar essa operação a outros negócios e oferecer soluções de baixo carbono. A estatal, que atualmente produz o GLP, deixou a revenda para empresas privadas após vender a Liquigás em 2020.

Até o momento, não está definido se a Petrobras atuará na venda direta ao consumidor, incluindo entrega de botijões, ou se competirá apenas como distribuidora no mercado. A decisão ocorre em um contexto de críticas governamentais aos altos preços do gás, com manifestações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio sobre a diferença entre o custo do gás na Petrobras e o valor cobrado aos consumidores.

Até 2020, a Petrobrás distribuía GLP por meio da Liquigás, vendida por cerca de R$ 4 bilhões para um consórcio formado por Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás. A venda foi justificada como estratégia para reduzir dívidas e focar na produção de petróleo no pré-sal, considerada mais lucrativa.

Especialistas divergem sobre o impacto da volta da Petrobras na redução do preço do botijão. Eric Gil Dantas, do Ibeps, acredita que a nova atuação pode aliviar os custos para o consumidor, devido à possibilidade de redução das margens de lucro das distribuidoras. Já Bruno Benassi, da Monte Bravo, alerta que menores preços podem comprometer a rentabilidade da empresa.

Análises apontam que a Petrobras poderá voltar de forma gradual e custosa, com a possibilidade de adquirir distribuidoras como a Vibra, vendida em 2019. Contudo, barreiras contratuais, como exclusividades e cláusulas de não concorrência até 2029, dificultam uma retomada rápida e ampla no mercado de GLP. O investimento estimado para essa operação pode chegar a US$ 7 bilhões.

O preço médio do botijão de gás de 13 kg no Brasil é de aproximadamente R$ 107, segundo dados da ANP. Esse valor inclui custos de produção, impostos e margens de lucro de distribuidores e revendedores. Atualmente, quatro empresas dominam 88,3% do mercado: Copa Energia, Ultragaz, Nacional Gás e Supergasbras.

O setor de distribuição reagiu ao anúncio da Petrobras com cautela. Para o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), a volta da estatal ao mercado não representa ameaça significativa à competição, e a melhoria na eficiência logística é apontada como principal forma de reduzir custos para o consumidor.

Especialistas indicam que o impacto da Petrobras depende do modelo de atuação escolhido. A entrada apenas como distribuidora manteria a disputa com empresas privadas pelas margens de lucro, enquanto a venda direta ao consumidor poderia alterar a dinâmica do mercado, envolvendo controle sobre distribuição e pontos de venda.

A Petrobras mantém o estudo do retorno à distribuição de GLP dentro de seu plano estratégico, considerado ainda inicial e em fase de avaliação. A decisão final deve considerar aspectos comerciais, financeiros e políticos, diante das expectativas de consumidores e do cenário regulatório do setor.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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