O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira (15) Stephen Miran, aliado de Donald Trump, para a diretoria do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, em votação apertada de 48 a 47. A nomeação ocorre após a renúncia inesperada de Adriana Kugler e amplia a influência de Trump sobre a política monetária do país.
Miran foi indicado para a vaga aberta no conselho de sete membros, cargo que tradicionalmente leva meses para ser confirmado, mas, neste caso, o processo durou menos de seis semanas. Ele assumirá o posto com mandato até 31 de janeiro e poderá permanecer caso seu sucessor não seja nomeado e confirmado.
Após a posse, Miran participará da reunião de política monetária do Fed, marcada para começar nesta terça-feira (16), quando espera-se a aprovação de um corte de um quarto de ponto percentual na taxa de juros. Analistas observam que ele pode defender um corte maior, alinhando-se às posições que Trump tem cobrado durante o ano.
Como chefe do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, Miran argumentou que as tarifas de importação pesadas promovidas por Trump não causarão inflação. Além disso, destacou que a repressão à imigração reduzirá a demanda por moradia, ajudando a conter pressões sobre os preços.
No conselho do Fed, Miran terá responsabilidades que vão além da definição da taxa de juros. Ele participará de comitês responsáveis por supervisão e regulamentação financeira, bancos comunitários e decisões administrativas sobre pessoal e orçamento do sistema do Fed e seus doze bancos regionais.
Miran manterá o cargo na Casa Branca durante o mandato no Fed, mas ficará em licença não remunerada. A senadora republicana Lisa Murkowski, sua única colega de partido a votar contra a nomeação, expressou preocupação com o processo abreviado e a influência política sobre o banco central.
Democratas criticaram a confirmação, acusando Miran de atuar como representante político de Trump dentro do Fed, acusação que ele nega. Eles alertam para o risco de comprometimento da independência da instituição.
Outros dois governadores do Fed nomeados por Trump em seu primeiro mandato, Michelle Bowman e Christopher Waller, já discordaram da política monetária mais restritiva, defendendo um afrouxamento maior em reuniões recentes. Dados recentes sobre o mercado de trabalho reforçam as expectativas de cortes nas taxas de juros.
Uma discordância tripla dentro do conselho do Fed, com Miran, Bowman e Waller, não ocorre desde 1988, durante a gestão de Alan Greenspan. Especialistas indicam que a nomeação de Miran e a possível resistência interna refletem tentativas de Trump de reduzir a autonomia do Fed, conforme aponta o economista Fabio Kanczuk.
O contexto político e econômico coloca o Federal Reserve em foco, enquanto o banco central equilibra suas decisões diante da pressão por cortes de juros e das condições adversas do mercado de trabalho.
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Fonte: g1.globo.com
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