O festival The Town 2025 aconteceu em cinco

O festival The Town 2025 aconteceu em cinco dias divididos em duas semanas, de 1º a 13 de abril, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, com mais de 400 mil ingressos vendidos. O evento reuniu artistas como Travis Scott, Green Day, Backstreet Boys, Mariah Carey e Katy Perry, e apresentou avanços e desafios em sua segunda edição.

Entre os pontos positivos, o festival consolidou sua estrutura como um parque de diversões, oferecendo brinquedos como montanha-russa, tirolesa e megadrop, além de shows musicais. O público aprovou a diversidade de atrações não musicais, ampliando a experiência do evento.

As filas para brindes aconteceram sem interferir na circulação, diferente da edição anterior. A disposição dos estandes e palcos facilitou o fluxo, evitando aglomerações em pontos de marca. A organização priorizou evitar transtornos que haviam ocorrido anteriormente.

O primeiro fim de semana, marcado pelos dias dedicados ao trap e ao rock, reuniu o maior público. No sábado (6), 100 mil ingressos foram vendidos para a apresentação de Travis Scott, que atraiu especialmente jovens uniformizados com os óculos do artista. O dia dedicado ao rock contou com shows de Green Day e Iggy Pop, reconhecidos no público.

Os banheiros, em geral, estiveram limpos e sem filas, apesar de reclamações pontuais referentes à falta de papel higiênico em alguns locais. Sensores indicavam a ocupação dos sanitários, o que ajudou a gerenciar a demanda. A organização informou uma avaliação média de 9,2 em atendimento e limpeza, destacando a necessidade de melhorias contínuas.

A oferta gastronômica diversificada chamou a atenção, com opções que vão de pizzas e hambúrgueres a sanduíches e macarrão instantâneo, com preços que variavam conforme a localização. Na Market Square, os preços eram mais altos, mas apresentavam uma variedade gourmetizada para o público.

O transporte público funcionou 24 horas, com linhas especiais do metrô e CPTM. O Trem Expresso The Town e o Ônibus The Town Express facilitaram o acesso, incluindo a operação exclusiva da estação Cidade Dutra, a cerca de 500 metros do portão do festival. A estação Autódromo também foi reforçada para atender às demandas.

No entanto, o aumento da distância entre os dois palcos principais gerou críticas dos fãs. A caminhada de cerca de 1 km entre o palco The One e o Skyline levou em torno de 12 minutos. A organização justificou a separação para melhorar os serviços de banheiros e bares, além de controlar o fluxo de público e os intervalos entre as atrações.

O palco Skyline manteve problemas em sua estrutura, como ausência de inclinação, altura inadequada e obstáculos que bloquearam a visão do público. Essas questões já haviam sido criticadas na primeira edição e persistiram em 2025.

A ausência de um palco dedicado à música eletrônica gerou insatisfação. O espaço New Dance Order foi substituído pela experiência The Tower, que contou com dançarinos e um “dragão”, mas teve apenas um DJ por noite. O formato agradou parte do público, mas limitou a presença de atrações eletrônicas no festival.

O uso de sinalizadores foi intenso principalmente nos shows de trap, chamando atenção e gerando opiniões divergentes. Embora proibidos, o festival reforçou a segurança com cerca de dois mil profissionais, drones e câmeras para impedir a entrada e o uso dos artefatos, removendo os infratores.

A falta de espaços adequados para descanso foi sentida pelo público, que recorreu ao chão devido à escassez de grama natural e à redução da grama artificial no palco Skyline. A organização recomendou o uso de cangas e aproveitamento dos “morrinhos do autódromo” para descanso, mas o conforto contínuo ainda carece de melhorias.

Alguns participantes reclamaram da dificuldade em encontrar bebidas não alcoólicas, predominando opções alcoólicas nos pontos de venda. A organização ressaltou que todos os bares contam com refrigerantes e que há vários pontos de hidratação gratuita distribuídos pela área do festival.

O The Town 2025 demonstrou avanços em infraestrutura e diversidade de atrações, mas enfrentou desafios relacionados à logística, estrutura dos palcos e conforto do público. O festival confirmou sua realização a cada dois anos, com edição prevista para 2027, e promete ajustes para as próximas edições.

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Fonte: g1.globo.com