O dólar fechou cotado a R$ 5,35 nesta segunda-feira (15)

O dólar fechou cotado a R$ 5,35 nesta segunda-feira (15), menor valor em mais de um ano, enquanto o mercado aguarda as decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos previstas para esta semana. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abriu às 10h em meio à atenção dos investidores sobre as expectativas econômicas.
Nesta segunda, sem divulgação de novos indicadores econômicos significativos, a tendência do mercado foi influenciada pelo boletim Focus do Banco Central, que revisou para baixo as projeções de inflação para 2025, de 4,85% para 4,83%. A estimativa para 2026 permaneceu estável. A expectativa dos investidores se volta agora para as reuniões dos bancos centrais no Brasil e nos EUA, que definirão as próximas taxas de juros e podem impactar a cotação da moeda americana.
Ainda hoje, o Banco Central divulgará o Índice de Atividade Econômica do Brasil (IBC-Br) referente a julho. Economistas preveem que o indicador mostrará a terceira retração consecutiva da atividade econômica no país, o que pode afetar a avaliação dos mercados sobre o cenário brasileiro.
Desde o início de 2025, o Brasil adotou um sistema de meta de inflação contínua, com o objetivo de manter o índice oficial em 3%, dentro de uma margem considerada aceitável entre 1,5% e 4,5%. As revisões do boletim Focus refletem essa nova meta e a percepção dos agentes econômicos sobre o comportamento dos preços.
No acumulado da semana, o dólar apresentou queda de 1,10%, enquanto no mês e no ano a baixa foi de 1,26% e 13,37%, respectivamente. Já o Ibovespa registrou leve queda semanal de 0,26%, com alta mensal de 0,60% e avanço anual de 18,28%.
No exterior, os mercados globais registraram oscilações nesta segunda. Em Wall Street, as bolsas encerraram com resultados mistos na sexta-feira, após dados econômicos que reforçaram a expectativa de redução dos juros pelo Federal Reserve (Fed) na próxima semana. O índice Nasdaq atingiu seu quinto recorde seguido, subindo 0,45%. O Dow Jones recuou 0,59% e o S&P 500 caiu 0,06%.
Na Europa, a maioria das bolsas fechou em queda, pressionadas pela queda nas ações do setor de saúde e pela expectativa sobre a decisão da agência Fitch sobre a nota de crédito da França. Os principais índices terminaram com movimentos discretos: o FTSE de Londres caiu 0,15%, o DAX de Frankfurt perdeu 0,02%, o CAC 40 de Paris recuou 0,02%, e o FTSE/MIB de Milão avançou 0,32%.
Na Ásia, os resultados foram heterogêneos. As bolsas chinesas apresentaram queda após atingirem níveis máximos em uma década, enquanto Hong Kong subiu 1,16% impulsionada pelo interesse em avanços na inteligência artificial. O Nikkei de Tóquio e o Kospi de Seul também registraram alta, com 0,89% e 1,54%, respectivamente.
O cenário econômico e as decisões dos bancos centrais devem continuar a influenciar o comportamento do dólar e dos mercados financeiros brasileiros e internacionais ao longo da semana.
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Palavras-chave: dólar, mercado financeiro, Banco Central, taxas de juros, inflação, Ibovespa, Fed, política monetária, economia brasileira, bolsas globais
Fonte: g1.globo.com
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