A cantora Katy Perry afirmou que não trouxe toda a estrutura de seu show para a América do Sul porque o custo seria alto demais. Ela fez essa declaração durante um show em Buenos Aires na terça-feira (9), explicando que foi aconselhada a simplificar sua produção para a turnê “Lifetimes Tour” no continente, que inclui apresentações no Chile, Argentina e Brasil.
Katy Perry relatou que recebeu avisos de que artistas pop não costumam levar todo o palco para a América do Sul por causa dos altos custos e do risco de prejuízo financeiro. Apesar disso, ela decidiu manter a agenda na região por considerar importante o contato com seus fãs locais.
A escolha de um formato mais enxuto não é incomum entre artistas internacionais que visitam o Brasil e outros países da América do Sul. A decisão sobre a estrutura a ser levada para a turnê geralmente parte do próprio artista, que arca com os custos e negocia o que será fornecido pelos promotores locais.
Profissionais do mercado de shows apontam que fatores como retorno financeiro estimado, viabilidade técnica, logística e aspectos legais influenciam a montagem das produções. O transporte do equipamento é uma das maiores dificuldades, afinal, o continente é distante das principais rotas internacionais e conta com infraestrutura rodoviária limitada para o transporte interno.
Trazer cenários e equipamentos por via marítima, que demandam tempo e alto investimento, nem sempre compensa diante das exigências de cronograma das turnês. Assim, algumas soluções mais simples ou peças produzidas localmente são adotadas para viabilizar os shows.
Em casos em que não é possível levar uma parte significativa do palco, artistas e promotores costumam optar por reduzir o escopo da produção para evitar cancelamentos. Essa é uma forma de manter a presença no mercado e a relação com os fãs, ainda que com uma performance menos grandiosa.
Festival de música enfrenta restrições ainda maiores para levar estruturas completas, pois os eventos geralmente disponibilizam a estrutura básica e limitam o uso de equipamentos exclusivos para o headliner. A negociação envolve definir o que o artista pode abrir mão e o que o evento consegue fornecer conforme sua capacidade.
Apesar dos desafios logísticos e custos elevados, especialistas afirmam que o Brasil continua sendo um mercado importante para artistas internacionais. O país representa uma fatia significativa do consumo digital de música na América do Sul e possui uma base fiel de fãs, o que incentiva investimentos mesmo que às vezes o retorno financeiro não seja o esperado.
Katy Perry exemplifica essa dinâmica ao priorizar o contato com seu público sul-americano em detrimento da produção original da turnê. Para muitos cantores, estar presente no Brasil é uma estratégia de marketing fundamental para fortalecer sua carreira na região.
Portanto, o alto custo e as dificuldades logísticas explicam por que artistas estrangeiros geralmente trazem shows mais simples ao Brasil. Ao equilibrar investimento, viabilidade técnica e expectativas do público, eles buscam manter a presença em um mercado relevante e garantir a realização de suas turnês.
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Fonte: g1.globo.com
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