Economia

O grupo farmacêutico Novo Nordisk anunciou nesta quarta-feir

O grupo farmacêutico Novo Nordisk anunciou nesta quarta-feir
  • Publishedsetembro 10, 2025

O grupo farmacêutico Novo Nordisk anunciou nesta quarta-feira (10) o corte de 11% de sua força de trabalho, o que corresponde a 9.000 funcionários, devido ao aumento da concorrência nos medicamentos para obesidade. A medida faz parte de uma reestruturação global para reduzir custos e aumentar a eficiência da empresa.

A fabricante dinamarquesa, conhecida pelos medicamentos Ozempic e Wegovy, informou que as demissões devem gerar uma economia de 8 bilhões de coroas dinamarquesas (US$ 1,3 bilhão ou cerca de R$ 7 bilhões) até o fim de 2026. O corte ocorrerá nos 80 países onde a Novo Nordisk opera, com cerca de 5.000 demissões previstas apenas na Dinamarca.

O laboratório revisou para baixo, pela terceira vez em 2024, sua projeção de crescimento dos lucros operacionais para o próximo ano. Agora, a expectativa de expansão é de 4% a 10%, ante 10% a 16% estimados anteriormente. A companhia justifica os cortes como parte de uma “transformação global” para simplificar a estrutura corporativa.

“O mercado, especialmente o segmento de obesidade, está mais competitivo e voltado ao consumidor. A empresa precisa se adaptar a essa nova realidade”, afirmou Mike Doustdar, CEO da Novo Nordisk. Segundo ele, a estratégia passa por uma cultura orientada a resultados, uso eficiente dos recursos e priorização de investimentos com maior impacto.

A Novo Nordisk foi impulsionada pela popularidade dos medicamentos injetáveis para perda de peso, que a tornaram a empresa mais valiosa da Europa por um período. De 2020 a 2024, a companhia ampliou sua equipe de 43.700 para 78.400 funcionários, em resposta ao aumento da demanda.

Entretanto, desde 2023, o valor das ações da empresa caiu significativamente, e as vendas desaceleraram, principalmente nos Estados Unidos, principal mercado da Novo Nordisk. A concorrência cresceu com o avanço de tratamentos rivais, especialmente os da farmacêutica americana Eli Lilly.

Além disso, a capacidade de produção da Novo Nordisk sofreu limitações. Por isso, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) autorizou temporariamente que farmácias produzissem versões “compostas” dos medicamentos Ozempic e Wegovy, que são cópias imitadoras. A permissão expirou em 22 de maio, mas a empresa declarou que as vendas de versões genéricas continuam ocorrendo, mascaradas como produtos personalizados.

Ozempic é um medicamento injetável inicialmente indicado para diabetes e popularizado por seu efeito na perda de peso. Wegovy, que usa o mesmo princípio ativo em dose diferente, é direcionado especificamente para emagrecimento. Ambos agem como análogos do hormônio GLP-1, que regula a glicose no sangue e controla o apetite.

A Novo Nordisk enfrenta, assim, um cenário de maior competitividade e desafios na produção, motivando a redução de pessoal e ajuste das expectativas financeiras para manter sua posição no mercado de tratamentos contra obesidade e diabetes.

Palavras-chave relacionadas: Novo Nordisk, Ozempic, Wegovy, medicamentos contra obesidade, corte de funcionários, indústria farmacêutica, concorrência médica, Eli Lilly, FDA, GLP-1, mercado farmacêutico, remédios para emagrecimento, tratamento de diabetes, demissões na farmacêutica.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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