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Um levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas

Um levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas
  • Publishedsetembro 8, 2025

Um levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) aponta aumento de 87% nos conflitos em aeroportos e aviões do Brasil entre janeiro e julho de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A pesquisa revela 979 registros de brigas, tumultos e depredações contra 523 casos em 2024.

As ocorrências envolvem atitudes que afetam a rotina de passageiros e funcionários, como bloqueios de embarques e agressões. No Aeroporto de Guarulhos, um passageiro impediu o embarque após perder o voo, exigindo acomodação em outro avião ou pagamento via PIX. Outros passageiros, incluindo mulheres com crianças, tiveram o acesso prejudicado.

No Aeroporto de Viracopos, em Campinas, uma passageira arremessou objetos e quebrou vasos após discussão com seguranças, sendo contida e presa. Em Vitória, um homem tentou forçar a entrada após o fim do embarque, destruiu um portão e intimidou funcionários, sendo detido em seguida. A Azul informou que o passageiro chegou atrasado e repudiou a violência.

No Rio Grande do Sul, em Pelotas, um passageiro com histórico policial atacou um segurança com um pedestal de ferro e quebrou portas de vidro antes de ser escoltado pela polícia. Advogados declararam que ele colaborou com a Justiça e ressarciu danos.

Nem todas as confusões estão relacionadas a atrasos. Um estrangeiro agrediu uma agente de aeroporto em confronto ocorrido durante atendimento de embarque. Segundo o ex-comissário de bordo e psicólogo Mauro Matias, profissionais da aviação enfrentam alto impacto emocional, tentando controlar situações agressivas sem revidar.

Casos internacionais também ganharam destaque. Em abril, uma passageira brasileira provocou tumulto em voo para Nova York ao tentar invadir a cabine para reclamar de atraso. Ela foi retirada pela tripulação junto com o marido e ambos processam a companhia aérea. A American Airlines justificou a expulsão em defesa de clientes e funcionários.

O treinador de tripulantes Carlos Martins destacou que a equipe recebe orientações para identificar sinais de nervosismo e oferecer suporte, como água. Quando a polidez não surte efeito, os comissários combinam técnicas de contenção para garantir a segurança.

A delegada Fernanda Herbella, que atua em Guarulhos, informou que a maioria dos envolvidos em conflitos não possui antecedentes criminais. No mesmo aeroporto, foram registrados 15 boletins de ocorrência por crimes variados em 2025. Em Pernambuco, uma disputa por prioridade no embarque após cancelamentos por mau tempo resultou em agressões.

O diretor de operações de segurança de voo da Abear, Raul de Souza, defende punições mais severas para passageiros indisciplinados, observando que aqueles que cometem agressões retornam aos voos no dia seguinte, o que gera recorrência de problemas. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que uma proposta regulamentar sobre comportamento dos passageiros está em fase final de ajustes internos.

A legislação atual brasileira proíbe objetos perigosos a bordo, mas permite que passageiros que causaram confusões embarquem novamente em voos subsequentes, o que contribui para a repetição dos incidentes. As companhias aéreas e órgãos reguladores debatem medidas para endurecer o controle e a punição contra comportamentos inadequados.

O aumento dos conflitos em aeroportos e aviões aponta para a necessidade de ações coordenadas entre autoridades, companhias aéreas e profissionais da aviação para garantir a segurança e o respeito nas viagens aéreas.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

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